Espanha - Nesta segunda-feira, 18, as jogadoras da Espanha emitiram um comunicado por meio das redes sociais em que reiteram que não queriam ser chamadas para a seleção. O documento foi justamente publicado horas depois da convocação da técnica Montse Tomé.
Vale lembrar que a nova treinadora da Espanha chamou 23 jogadoras para compromissos da Nations League. Deste total, 19 assinaram recentemente um manifesto em que renunciam jogar pela seleção até que ocorram mudanças dentro da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
Nesse sentido, além de reforçar que não queriam ser convocadas, as jogadoras lamentaram a postura da RFEF e disseram entender que a Federação não pode impor essa convocação. Além disso, elas afirmaram que estudarão "as possíveis consequências jurídicas" que a RFEF as expôs.
LEIA O COMUNICADO
As jogadoras da seleção sênior feminina de futebol pretendem manifestar, na sequência da convocatória e posterior conferência de imprensa da nova treinadora da seleção nacional, Montse Tomé, o seguinte: o que foi expresso no nosso comunicado de 15 de setembro de 2023, deixa claro e sem possibilidade de outra interpretação a nossa firme vontade de não ser convocadas por motivos justificados. Estas afirmações seguem plenamente vigentes.
Durante os dias posteriores a esse comunicado, queremos colocar em conhecimento o público que nada de diferente foi transmitido a nenhum membro da RFEF, pelo que solicitamos expressamente que a informação transmitida publicamente seja rigorosa.
Como jogadores profissionais de elite e depois de tudo o que hoje aconteceu, estudaremos as possíveis consequências jurídicas a que a RFEF nos expõe, colocando-nos numa lista da qual havíamos pedido para não sermos chamadas por motivos já explicados publicamente e com mais detalhes à RFEF e, com isso, tomar a melhor decisão para o nosso futuro e para a nossa saúde.
Parece-nos relevante salientar, nesse sentido, que a convocação não foi realizada em tempo hábil, nos termos do art. 3.2 do Anexo I do Regulamento sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores FIFA, pelo que entendemos que a RFEF não está em condições de exigir que o façamos. Lamentamos mais uma vez que a nossa Federação nos coloque numa situação que nunca teríamos desejado.
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