Pablo Longoria, presidente do Olympique de MarselhaSebastien Bozon / AFP

França - O Olympique de Marselha vive grande crise. O jornal francês 'La Provence' publicou, nesta quinta-feira (21), uma entrevista com o atual presidente do clube, Pablo Longoria. Ele afirmou que sofreu ameaças de torcedores durante reunião na última segunda-feira e revelou que chorou após passar por uma auditoria.
A torcida do Olympique está insatisfeita com o começo de temporada. Na reunião com a diretoria, demonstraram revolta com a saída de alguns jogadores importantes para a história do clube, como Payet, que chegou recentemente ao Vasco. Depois de escutar os torcedores, o técnico Marcelino Garcia pediu demissão, citando fatores extracampo. Além disso, também desejavam a saída do presidente, que se recusou a entregar o cargo.
"Não posso aceitar. Não posso escutar: "Em Marselha é assim". Marcelino me disse: "Nas condições atuais, é impossível trabalhar". Não é normal que se ameace um dirigente de futebol. Podem nos criticar, somos pagos para isso. Mas ser ameaçado...", relatou Longoria.
O momento do Olympique de Marselha é preocupante. O dirigente contou que precisou de ajuda psicológica e que nunca imaginava que poderia chegar a esse ponto. Longoria disse que se voluntariou para passar por uma auditoria, mas, no fim, não aguentou o peso e chorou durante uma hora.

"Tive que receber ajuda psicológica. Nunca havia imaginado que isso podia chegar tão longe. Não tive minha mãe durante dois anos por causa de um problema psicológico. E as pessoas fazem isso para tentar me matar? Investigaram minha família! Minha família não precisa passar por isso", afirmou o presidente.
Apesar de toda a pressão da torcida, Pablo Longoria reforçou que não irá entregar o cargo, visto que tudo foi provado ao seu favor. "Dei todas as minhas contas bancárias, meus telefones, meus e-mails, até minhas conversas com minha mãe", completou o dirigente.