Sede da Fifa recebeu o conselho da entidade, que definiu por liberar as seleções de base da Rússia para disputar competiçõesAFP
Punida por guerra na Ucrânia, Rússia poderá voltar a torneios de base da Fifa
Seleção russa, entretanto, segue proibida de disputar competições profissionais
A Fifa decidiu abrandar as restrições impostas à Rússia desde o início da guerra na Ucrânia e aprovou nesta quarta-feira a participação das seleções russas de base em competições organizadas pela entidade. Até então, a nação estava proibida de competir em ventos esportivos tanto na esfera profissional, punição ainda em vigor, quanto em qualquer categoria inferior.
Com a nova decisão, seleção russa poderá disputar a Copa do Mundo Sub-17 caso consiga se classificar por meio das eliminatórias. Para competir, a equipe terá que adotar o nome "União de Futebol da Rússia". A liberação da Fifa vem uma semana depois de a Uefa autorizar a Rússia a participar das Eliminatórias da Eurocopa Sub-17.
A entidade europeia argumentou que "crianças não devem ser punidas pelas ações cujas responsabilidades pertencem somente aos adultos".
Aos saber da posição da Uefa, a Ucrânia, invadida pelas tropas russas em fevereiro do ano passado, prometeu boicote a torneios que contem com seleções do país vizinho e instou aliados a fazer o mesmo. Polônia, Letônia e Inglaterra já indicaram que podem tomar o mesmo caminho.
Na Rússia, a movimentação é encarada como um primeiro passo para voltar aos palcos principais do esporte mundial.
As seleções russas sub-17 poderão enfrentar problemas para entrar em alguns países para jogos das Eliminatórias da Euro, que começam neste mês. Jogadores e membros das comissões técnicas devem ter dificuldade para obter vistos e permissões para viagens.
A Fifa e a Uefa agiram poucos dias depois de a Rússia invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022, para suspender as seleções nacionais e de clubes do país de competições internacionais de futebol.
Quando a federação de futebol da Rússia recorreu à Corte Arbitral do Esporte, o tribunal aceitou o argumento da Fifa e da Uefa de que tinham o dever de organizar competições com "segurança e integridade."
Como não há sinais de um fim próximo para o conflito na Ucrânia, as entidades começaram a se mostrar mais flexíveis. O primeiro passo foi dado por Aleksander Ceferin, presidente da Uefa, que comandará uma nova reunião sobre o tema nesta semana.
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