Diniz na área técnica do Estádio Centenário durante o jogo entre Uruguai e Brasil Pablo PORCIUNCULA / AFP

Uruguai - O técnico Fernando Diniz assumiu a responsabilidade pela atuação ruim do Brasil na derrota por 2 a 0 para o Uruguai, na noite desta terça-feira, 17, no Estádio Centenário. Durante a entrevista coletiva, o técnico também analisou a partida e ressaltou que a Seleção não pode ter as falhas que cometeu nos dois gols da Celeste. 
"O time não esteve bem na parte de criação. O time do Uruguai também pouco criou. Foi um jogo muito amarrado. Eles deram um chute no gol no primeiro tempo, e a gente nenhum. Tomamos dois gols de falhas que a gente não pode cometer. Dois gols de arremesso lateral no nosso campo, com o time todo lá. Então, é essa a análise do jogo. Não foi um bom jogo do Brasil. O responsável maior por isso sou eu mesmo", disse o treinador.
Outro ponto abordado na coletiva foi o problema de articulação no meio-campo e a saída de Neymar. Nesse sentido, Diniz rechaçou a ideia de que a articulação estivesse ligada a algum jogador e também assumiu a responsabilidade por essa situação.  
"A gente tem uma certa tendência a fazer análises mais simples para problemas mais complexos. O time como um todo não foi bem na parte da criação, e o jogo foi muito amarrado, muito estudado. Faltou articulação, mas não por conta de um jogador ou de outro jogador. Faltou articulação porque o time não soube construir. Nesse sentido, o principal responsável sou eu mesmo", afirmou Diniz.
"Não é porque faltou um jogador ou outro. Quando o Neymar saiu, faltava quatro ou cinco minutos para terminar o primeiro tempo, e em nenhum momento tivemos articulação. No segundo tempo até tivemos um pouquinho mais de articulação", completou.
O técnico também falou sobre o estilo de jogo que tem colocado na seleção brasileira. Assim, ele manteve os pés no chão, destacou que as ideias estão sendo implementadas e tirou a derrota desta noite como lição. 
"O adversário hoje exigia mais da gente do que a gente produziu. Mas não acho que as ideias não estão sendo implementadas. Nenhum trabalho ocorre de uma forma linear. Esses são momentos importantes para a gente aprender e melhorar para a próxima ocasião que a gente tiver, a gente ter um time mais acertado. E, num outro jogo que a gente encarar com condições semelhantes, a gente saiba melhor o que fazer", destacou Fernando Diniz.