Alisson, goleiro da seleção brasileira, em ação na derrota para a ColômbiaJuan Barreto/AFP

Barranquilla (COL) - Após o terceiro tropeço consecutivo da seleção brasileira nas Eliminatórias, na derrota de virada para a Colômbia pelo placar de 2 a 1, no Estádio Metropolitano de Barranquilla, o goleiro Alisson fez questão de apontar a dificuldade do duelo, mas chamar atenção quanto ao início do trabalho.
O Brasil, com o resultado fora de casa, caiu para a 5ª colocação com apenas sete pontos somados em cinco jogos. A virada fez os colombianos ultrapassarem a Seleção na tabela das Eliminatórias da Copa de 2026.
"Óbvio que não está bom. É o discurso que, quando a gente perde, é preciso olhar para as coisas boas que fizemos e melhorar as coisas ruins. Foi um desafio enorme contra a Colômbia, uma equipe muito física, muito agressiva. Sempre é difícil jogar aqui, mas a gente sempre lidou bem com pressão, com calor. É muito difícil ganhar deles aqui", disse Alisson, em entrevista à "Globo" após o jogo.
Com um início arrasador e mostrando entrosamento, o Brasil saiu na frente do marcador logo aos três minutos de jogo, com gol de Gabriel Martinelli após linda tabela rápida com Vini Jr. Isso, no entanto, não sustentou o duelo e o time comandado por Fernando Diniz sofreu bastante na segunda etapa com bolas aéreas.
"A gente sai daqui muito decepcionado com o resultado. Primeiro tempo controlando o jogo, eles tiveram chances, mas a gente defendeu bem. Dois cruzamentos, dois lances que dormimos na situação. Não pode acontecer isso. É o jogo que precisamos vir aqui, ganhar de 1 a 0 e ir contente para casa. O Brasil tem que criar mais, ter mais oportunidade, ser mais soberano. Futebol não se ganha com a camisa, se ganha com o jogo, com aquilo que se cria dentro de campo", criticou.
Goleiro do Liverpool, Alisson conhece bem o atacante Luis Díaz, autor dos dois gols da Colômbia e seu companheiro de clube, que viveu drama familiar recente com o sequestro do pai. Com tranquilidade, o arqueiro elogiou o parceiro dos Reds.
"O Lucho (apelido) é sem palavras. É um amigo, um companheiro. Sofreu demais nos últimos dias com o sequestro do pai dele. Difícil falar agora depois do resultado, mas a gente tira o futebol de lado. Ele merece tudo", destacou.
A Seleção agora vira a chave e terá um grande clássico pela frente. O próximo desafio será contra a Argentina, na terça-feira (21), às 21h30 (de Brasília), no Maracanã.