Maracanã passa por seu segundo processo de licitação desde a reforma para a Copa do Mundo de 2014Divulgação

Como esperado, a Comissão Especial de Licitação do Governo do Estado do Rio de Janeiro recebeu nesta quinta-feira (7) três propostas para a gestão do Maracanã. O processo de licitação do estádio e o Maracanãzinho tem como concorrentes os consórcios formados por Flamengo e Fluminense; Vasco, Legends e WTorre; e pela Arena 360, que gera o Mané Garrincha, em Brasília.
Cada um dos concorrentes pagou um calção de R$ 1,8 milhão ao Governo do Rio, para seguir na disputa. Eles também entregaram a documentação necessária: documentos de habilitação para participar e as propostas técnica e financeira.
Estiveram presentes no auditório do Maracanã os presidentes de Flamengo, Rodolfo Landim, e do Fluminense, Mário Bittencourt, assim como o vice geral do Vasco, Carlos Roberto Osório.  

O processo de licitação do Maracanã

Nesta primeira fase, os documentos são abertos e avaliados pela Comissão Especial de Licitação do Maracanã. Em seguida, será a vez da proposta técnica e, por último, a financeira.
Cada fase garante uma pontuação para definir a melhor proposta, que será considerada a vencedora. O Governo do Rio pretende finalizar todo o processo em meados de 2024. Até lá, a gestão continua com Flamengo e Fluminense, únicos que entraram na disputa para o novo Termo de Permissão de Uso (TPU), de até um ano.
A licitação do Maracanã prevê ao novo gestor um investimento de cerca de R$ 186 milhões. Entre as exigências estão previstas obras de recuperação e modernização de vários sistemas dentro do estádio, como de água, elétrica, ar-condicionado.
O vencedor também terá que investir na criação do Museu do Futebol, cuidar da manutenção da faixada e da cobertura, tanto do Maracanã quanto do Maracanãzinho, entre outras intervenções.

Histórico de problemas

Esse é o segundo processo de licitação do Maracanã. No primeiro, que aconteceu em 2013 após a última reforma, o consórcio da Odebrecht assumiu a gestão e assinou com Flamengo e Fluminense para jogarem no estádio. Diante de irregularidades e falta de pagamentos estipulados no contrato, o Governo do Rio anunciou em março de 2019 o cancelamento da concessão.
Desde então, a dupla formada por Flamengo e Fluminense cuida da gestão, através de inúmeras renovações do TPU, o que causou brigas com o Vasco a partir do ano passado. Com a 777 Partners assumindo a SAF, o Cruz-Maltino passou a investir numa futura concessão do estádio.
A licitação do Maracanã deveria acontecer no ano passado, mas foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), diante de irregularidades identificadas no processo. O Governo do Rio então fez ajustes e lançou o novo edital em outubro.
Ainda assim, o novo processo correu risco de ser interrompido novamente. Entretanto, em novo julgamento no TCE, ficou definido, por unanimidade, o prosseguimento da licitação, com entrega de propostas para a gestão e exploração do estádio.