Juan Izquierdo acompanhou o nascimento do filho semanas antes de morrerReprodução
Publicado 30/08/2024 12:22
A família de Juan Izquierdo não ficará desamparada após a morte dele, na terça-feira (27), cinco dias depois de passar mal e desmaiar em campo no jogo contra o São Paulo, pela Libertadores. O presidente da federação uruguaia, Ignacio Alonso, confirmou no velório de quinta (29) que a mulher e os dois filhos terão direito a receber o salário do jogador do Nacional até 2032.

"Está escrito no estatuto que tem a Associação Uruguaia de Futebol (AUF). Uma parte importante do que se paga e recebe, neste caso a viúva e seus filhos, é pago pela AUF de acordo com o convênio e regulamento vigente", disse o dirigente à imprensa do país.
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Izquierdo deixa a mulher, Selena, e dois filhos, uma menina de 8 anos e um menino recém-nascido, cujo nascimento o jogador acompanhou há três semanas. No dia seguinte à morte dele, Selena postou nas redes sociais uma carta aberta de despedida.

A morte de Izquierdo

Juan Manuel Izquierdo Viana, do Uruguai, morreu na terça-feira (27), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em "decorrência de morte encefálica após parada cardiorrespiratória".
Ele estava internado desde a última quinta-feira (22), quando desmaiou em campo no duelo com o São Paulo, no MorumBis, pela Libertadores. O jogador de 27 anos teve uma arritmia cardíaca durante a partida pelas oitavas de final da Libertadores.
Na ambulância, ainda sofreu uma parada cardíaca. Os dois problemas no coração afetaram a circulação de oxigênio no cérebro.
O boletim médico divulgado no domingo já havia constatado que era grave a condição do jogador e que seu quadro havia piorado depois que foram identificados progressão do comprometimento cerebral e aumento da pressão do crânio.
Ele ficou cinco dias na UTI, dependente de ventilação mecânica.

Arritmia cardíaca constatada aos 17 anos

Izquierdo já havia sido diagnosticado com arritmia cardíaca em 2014, como revelou o secretário de Esporte do Uruguai, Sebastián Bauzá.
Na época, com 17 anos, o jogador defendia o Cerro, também do Uruguai, e foi examinado através de um programa do governo do país chamado "Gol do Futuro", com atletas das categorias de bases dos clubes locais.
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