Velório de Izquierdo, na sede do Nacional, no Uruguai, teve presença de jogadores do São Paulo e de multidãoDante Fernandez / AFP

Cinco jogadores do São Paulo estiveram entre a multidão que foi à sede do Nacional, no Uruguai, para o velório de Juan Izquierdo, que morreu na terça-feira (27). Rafinha acompanhou de perto o caso ao longo dos últimos dias e explicou a presença do grupo na despedida do jogador de 27 anos, que passou mal no fim do confronto contra o Tricolor Paulista pela Libertadores.
"Um momento difícil, não tenho palavras. Queríamos estar aqui porque vimos o que passou no estádio. Para desejar força à família, esposa, pai... para que tenham força para seguir a vida. Sei que é duro, mas digo que tenham força", disse o experiente lateral à imprensa uruguaia, na saída do velório.
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Além de Rafinha, Wellington Rato, Calleri, Galoppo e Michel Araújo foram os outros jogadores do São Paulo presentes na despedida ao jogador.
"Ele é parte de todos nós. Fizemos o mínimo, como se fosse um de nós. É uma coisa que fizemos de coração. Fizemos o que gostaríamos que fizessem conosco. Aconteceu no nosso campo, no nosso estádio, e todos sentimos. Como se fosse de nossa família", continuou Rafinha.
Izquierdo deixa a mulher, Selena, e dois filhos, uma menina de 8 anos e um menino recém-nascido, de menos de um mês de vida.

A morte de Izquierdo

Juan Manuel Izquierdo Viana, do Uruguai, morreu na terça-feira (27), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em "decorrência de morte encefálica após parada cardiorrespiratória".
Ele estava internado desde a última quinta-feira (22), quando desmaiou em campo no duelo com o São Paulo, no MorumBis, pela Libertadores. O jogador de 27 anos teve uma arritmia cardíaca durante a partida pelas oitavas de final da Libertadores.
Na ambulância, ainda sofreu uma parada cardíaca. Os dois problemas no coração afetaram a circulação de oxigênio no cérebro.
O boletim médico divulgado no domingo já havia constatado que era grave a condição do jogador e que seu quadro havia piorado depois que foram identificados progressão do comprometimento cerebral e aumento da pressão do crânio.
Ele ficou quatro dias na UTI, dependente de ventilação mecânica.

Arritmia cardíaca constatada aos 17 anos

Izquierdo já havia sido diagnosticado com arritmia cardíaca em 2014, como revelou o secretário de Esporte do Uruguai, Sebastián Bauzá.
Na época, com 17 anos, o jogador defendia o Cerro, também do Uruguai, e foi examinado através de um programa do governo do país chamado "Gol do Futuro", com atletas das categorias de bases dos clubes locais.