"Um momento difícil, não tenho palavras. Queríamos estar aqui porque vimos o que passou no estádio. Para desejar força à família, esposa, pai... para que tenham força para seguir a vida. Sei que é duro, mas digo que tenham força", disse o experiente lateral à imprensa uruguaia, na saída do velório.
Além de Rafinha, Wellington Rato, Calleri, Galoppo e Michel Araújo foram os outros jogadores do São Paulo presentes na despedida ao jogador.
"Ele é parte de todos nós. Fizemos o mínimo, como se fosse um de nós. É uma coisa que fizemos de coração. Fizemos o que gostaríamos que fizessem conosco. Aconteceu no nosso campo, no nosso estádio, e todos sentimos. Como se fosse de nossa família", continuou Rafinha.
Izquierdo deixa a mulher, Selena, e dois filhos, uma menina de 8 anos e um menino recém-nascido, de menos de um mês de vida.
A morte de Izquierdo
Juan Manuel Izquierdo Viana, do Uruguai, morreu na terça-feira (27), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em "decorrência de morte encefálica após parada cardiorrespiratória".
Ele estava internado desde a última quinta-feira (22), quando desmaiou em campo no duelo com o São Paulo, no MorumBis, pela Libertadores. O jogador de 27 anos teve uma arritmia cardíaca durante a partida pelas oitavas de final da Libertadores.
Na ambulância, ainda sofreu uma parada cardíaca. Os dois problemas no coração afetaram a circulação de oxigênio no cérebro.
O boletim médico divulgado no domingo já havia constatado que era grave a condição do jogador e que seu quadro havia piorado depois que foram identificados progressão do comprometimento cerebral e aumento da pressão do crânio.
Ele ficou quatro dias na UTI, dependente de ventilação mecânica.
Na época, com 17 anos, o jogador defendia o Cerro, também do Uruguai, e foi examinado através de um programa do governo do país chamado "Gol do Futuro", com atletas das categorias de bases dos clubes locais.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.