Leila Pereira é a presidente do PalmeirasCesar Greco / Palmeiras

Rio - A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, disse que as críticas ao gramado sintético "normalmente são de atletas que deveriam já ter parado de jogar futebol". Ela deu a declaração nesta quarta-feira, 12, após participar da reunião do Conselho Técnico da CBF.
"Normalmente os atletas que reclamam são mais velhos. Eu até compreendo que eles querem prolongar ainda mais a vida profissional deles. Então, eles acham que isso pode encurtar a vida útil deles como atleta. Mas normalmente são atletas que deveriam já ter parado de jogar futebol ao invés de ficar reclamando do gramado", disse Leila.
"Levando em conta que no Brasil a realidade é outra. Se os gramados europeus são tão bons, ótimo, fiquem lá, não venham para cá. Eu me refiro aos jogadores que fizeram aquele manifesto, sem comprovação científica absolutamente nenhuma, de que gramado sintético é prejudicial à vida do atleta", completou.
O tema ficou em alta após um grupo de jogadores do futebol brasileiro se unirem e iniciarem um movimento contra os gramados sintéticos no país. Nomes como Neymar, Thiago Silva, Philippe Coutinho, Lucas Moura e Gabigol publicaram uma nota nas redes sociais em fevereiro para cobrar uma padronização com piso natural e de qualidade nos estádios. 
"Foi falado sobre o gramado sintético, o doutor (Jorge) Pagura fez uma bela apresentação, era o estudo que a CBF fez sobre a diferença de um gramado para outro. E, concluindo, não existe nenhuma comprovação de que o gramado sintético causa qualquer dano para o atleta. Mas não houve votação se fica ou sai o gramado sintético. Houve um compromisso do Conselho Nacional de Clubes de aprofundar nesse assunto e chegar a uma conclusão onde todos os clubes sejam atendidos", contou Leila.
"O problema é o seguinte: não é possível você comparar gramados europeus com a situação brasileira. É muito melhor você ter um gramado sintético de primeira linha do que jogar em gramados naturais esburacados. Isso é uma coisa óbvia. A gente tem que discutir, sim, a qualidade dos gramados no Brasil, não se o sintético é melhor do que o natural", prosseguiu.