Torcedores do Lyon espalharam faixas em protesto contra Textor. Uma delas diz: 'guerra está declarada'AFP

A confirmação do rebaixamento do Lyon para a segunda divisão do Campeonato Francês, por causa de problemas financeiros, provocou forte reação da torcida. Horas após o anúncio da Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG), órgão que fiscaliza a saúde econômica dos clubes na França, torcedores de uma organizada do clube foram às ruas da cidade para protestar contra John Textor.
Eles pedem a saída do empresário americano, que comanda o clube desde 2022 e é dono da SAF do Botafogo.

Faixas espalhadas pela cidade pedem a saída do dono

A principal organizada do clube, a Bad Gones, liderou os atos e espalhou faixas em pontos estratégicos de Lyon. As mensagens são diretas: exigem a saída de Textor e o responsabilizam pelo colapso financeiro que levou ao rebaixamento.
A manifestação dos torcedores acontece mesmo com o clube ainda podendo recorrer da decisão.

Promessa de Textor não se concretizou

No fim de 2024, a DNCG já havia alertado que o Lyon poderia ser rebaixado caso não apresentasse equilíbrio financeiro até junho deste ano. Na época, Textor garantiu que a situação da Eagle Football Group seria revertida com medidas como a venda de jogadores, abertura de capital na bolsa de valores de Nova York e a negociação de sua parte no Crystal Palace, concretizada recentemente.
A rede de multiclubes do empresário americano, ao contrário de outros grupos, utiliza um mesmo caixa da Eagle Football para  todos os clubes. Ou seja, vendas de jogadores do Botafogo, por exemplo, vão para essa conta, que pode ser utilizada pelo Lyon.

Desconfiança com explicação sobre saúde financeira

Entretanto, a DNCG não se convenceu com as garantias financeiras de que o clube tinha condições de pagar suas dívidas, de 175 milhões de euros (cerca de R$ 1,1 bilhão). A maior parte desse pagamento é para a temporada que se inicia.

Resultado no campo ficou aquém das metas do Lyon

Também pesou para a dificuldade financeira a campanha ruim na temporada passada. O clube terminou apenas em sexto lugar, fora da Champions League, torneio visto como peça-chave para o equilíbrio das finanças.
Vendas como a de Cherki ao Manchester City e Caqueret ao Como não foram suficientes para conter o déficit. O Lyon já havia sido punido com o impedimento de contratar novos jogadores.