Diretor da Fifa se manifestou após críticas da FifProFabrice Coffrini/ AFP

Estados Unidos - Em entrevista coletiva dada nesta quarta-feira (30), o diretor jurídico da Fifa, Emilio Garcia, rebateu as críticas do sindicato mundial dos jogadores (FifPro). As tensões entre as duas entidades se intensificaram após a disputa do novo formato do Mundial de Clubes e suas implicações no calendário e na saúde dos atletas. 
O sindicato alega que a Fifa pouco se importa com a saúde dos jogadores. Antes da decisão do Mundial, em Nova York, a Fifa se reuniu com representantes de diversos sindicatos de atletas e houve um consenso da necessidade de 72 horas de descanso entre as partidas e um período de 21 dias de férias ao fim das temporadas.
Entretanto, na última semana, a FifPro voltou a criticar as decisões da entidade. Em comunicado, o órgão alegou que "falta de diálogo significativo e o contínuo desrespeito aos direitos sociais dos jogadores tornaram-se pilares do modelo de negócios da Fifa".
O diretor jurídico Emílio Garcia rebateu as críticas, dizendo que os últimos avanços vieram da entidade.
"Os últimos avanços vieram da Fifa, não da FifPro. As (propostas de melhoria de) condições de trabalho das mulheres partiram da Fifa. O fundo de garantia salarial foi ideia da Fifa. Nós fazemos muito para proteger os jogadores, e nossa arma é o tribunal do futebol. A Fifa tem um tribunal gratuito, com decisões que precisam ser cumpridas senão os clubes não podem contratar", disse o dirigente.
"Eles têm 70 sindicatos, nós temos 210 confederações. O que fazemos com os outros, excluímos?Temos medidas em todo o mundo para proteger os jogadores. A verdade é que nas últimas semanas temos a sensação de que querem mais aparecer nos meios de comunicação do que resolver os problemas dos jogadores", completou.
Questionado sobre o calor excessivo e as paralisações por conta de risco de tempestades, Garcia disse que situações estão sendo analisadas pela Fifa para a Copa do Mundo de 2026, também sediada nos Estados Unidos.