Bruno Henrique - Luciano Belford/Agência O Dia
Bruno HenriqueLuciano Belford/Agência O Dia
Por ALYSSON CARDINALI

Rio - No duelo do badalado Flamengo contra o brioso Botafogo, brilhou a estrela do estreante Bruno Henrique. Apresentado oficialmente na quinta-feira, o atacante entrou em campo só no segundo tempo, mas mudou a história do primeiro clássico do Campeonato Carioca. Insinuante e oportunista, fez os gols da virada rubro-negra por 2 a 1 sobre o Alvinegro, que segue sem vencer na competição. Já o time de Abel Braga festeja não só a vitória, mas a volta à liderança do Grupo B da Taça Guanabara. A lamentar apenas o pouco público no Nilton Santos.

Mesmo sem contar com o futebol de Bruno Henrique e dos reforços de peso Arrascaeta e Gabigol, que começaram como opções no banco de reservas, o Flamengo tomou a iniciativa e até ensaiou um domínio no clássico. Mas sofreu para furar o bloqueio de um Botafogo solidário e decidido a vencer o seu primeiro jogo no Campeonato Carioca para não ver as chances de título da Taça GB praticamente acabarem.

Com Vitinho inspirado pela direita, o time do técnico Abel Braga tinha mais volume de jogo. Prova disso é que criou duas boas chances de gol, em cabeçada de Rodrigo Caio, aos 5 minutos, e finalização de Vitinho, rente à trave, aos 14. Jogadas, porém, que não abalaram o Botafogo, bem postado na defesa e jogando no contra-ataque, disposto a se aproveitar de qualquer bobeira do arquirrival.

Bobeira que aconteceu. Aos 24 minutos, o Flamengo errou na marcação e permitiu finalização de Jean, de fora da área, para João Paulo desviar a bola no meio do caminho e tirar Diego Alves da jogada. O gol alvinegro abalou o Rubro-Negro, que até criou boa chance com Diego, aos 25, mas, afoito, passou a errar muitos passes e a fazer cruzamentos a esmo para a área, irritando o técnico Abel Braga.

diferente a isso, o Botafogo fazia o seu jogo e Alex Santana, aos 31, quase ampliou, em chute de fora da área. Nem a saída de João Paulo, lesionado, para a entrada de Alan Santos, aos 38, mudou a postura dos comandados do técnico Zé Ricardo. Mais seguro, o Alvinegro soube se impôr e ir para o vestiário em vantagem.

No segundo tempo, o Flamengo mudou a postura e sua formação. Com Bruno Henrique na vaga de Vitinho, Abel Braga tornou o time mais ofensivo para tentar acabar com a dificuldade de balançar a rede. Só que quem levou perigo foi o Botafogo. Kieza, aos 5, acertou o travessão. Confiante e comandado por um inspirado Erik, o Alvinegro abalou os nervos do rival - Diego levou cartão amarelo após se desentender com o camisa 11.

Mesmo sentindo o golpe, o Flamengo foi à luta e desferiu um belo golpe logo aos 19 minutos, quando o estreante Bruno Henrique, de cabeça e livre de marcação, após cobrança de escanteio, empatou o clássico. Delírio da torcida rubro-negra, que já ensaiava uma vaia ao time. Delírio que ficou maior aos 21, quando Gabigol, enfim, entrou em ação - na vaga de Uribe. Foi a senha para o Flamengo, enfim, mostrar porque é a principal força do Estadual. O Botafogo se retraiu com a pressão adversária e viu a estrela de Bruno Henrique voltar a brilhar. Aos 25 minutos, a zaga alvinegra rebateu mal, após cruzamento de Renê, e o camisa 27 pegou bem na bola para decretar a virada. Êxtase rubro-negro e decepção alvinegra em um duelo no qual a estrela solitária tem nome e sobrenome: Bruno Henrique.

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