Sorteio até que ajudou, mas o pior vem depois

Fala, galera!

Com os grupos definidos para a Copa e os possíveis caminhos até a conquista do hexa, é hora de fazermos algumas projeções e avaliações sobre o Mundial de 2026.

A primeira é que caímos em um grupo que considero tranquilo, em termos de classificação. Se é verdade que Marrocos é um adversário realmente perigoso – e será, na nossa estreia, jogo que sempre traz um nervosismo natural para os jogadores, os dois outros adversários, Escócia e Haiti, estão muito abaixo tecnicamente. Lembrando que, além dos dois primeiros colocados de cada grupo, classificam-se para a segunda fase também os oito melhores terceiros colocados. Ou seja, as chances de o Brasil não se classificar são muito, muito pequenas.

Como falei, Marrocos é disparadamente o nosso adversário mais forte no grupo. É o atual 11º colocado no ranking da FIFA e foi semifinalista na última Copa do Mundo, jogando um belo futebol. O goleiro Bonou e o lateral-direito Hakimi, do Paris Saint Germain, jogam muito, e teriam nível tranquilamente para serem titulares na Seleção canarinho. Mas, de resto, acredito que temos futebol de sobra para ganhar deles e sermos os primeiros do grupo.

A Escócia, embora seja um time chato de enfrentar, com muita marcação e fechadinho lá atrás, jogando por uma bola esticada na frente em contra-ataques, não deve oferecer maiores dificuldades. Tem alguns bons jogadores como Robertson, do Liverpool, e McTominay, do Napoli. Mas, como time, ainda estão numa prateleira bem inferior à do Brasil no futebol mundial.

Finalmente, contra o Haiti, teremos o jogo mais fácil na Copa. Os haitianos, que moram no país com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do continente americano e sofrem bastante no dia a dia com vários problemas, já estão felizes por irem à Copa pela segunda vez na história. O jogo vai ser uma festa para eles, e o Brasil tem obrigação de não só ganhar, mas de golear.

Na segunda fase, aí sim, começa a Copa “de verdade”. O bicho pega! Todo jogo é uma final, e se não entrarmos ligados voltaremos para casa mais cedo. Além dos eternos favoritos Argentina, Espanha, Alemanha e França, que considero hoje os principais candidatos ao título juntos com o Brasil, não podemos descartar como paradas duríssimas os times de Portugal, Holanda, Uruguai e a grande surpresa da temporada, a Noruega. Haaland tem tudo para ser um dos artilheiros da Copa, o moleque está voando!

Quanto ao Brasil, o time canarinho chega para essa Copa sem grande cartaz, embora tenha evoluído com a chegada do Mister Ancelotti. É bom assim! Sei bem como é isso, foi exatamente dessa forma que chegamos aos EUA em 94. O time quando chega desacreditado tende a querer mais, dar mais raça e, acima de tudo, provar ao mundo que o Brasil será sempre o Brasil, p…!

É esse o espírito que espero que o italiano Carlo Ancelotti, o primeiro treinador estrangeiro a comandar o Brasil em um Mundial de Futebol, consiga dar a todos os seus convocados. A amarelinha é mística pura. A Copa 2026 já começou!!