Bap discursa em apresentação sobre o estádio do FlamengoMariana Sá/CRF

Rio - A diretoria do Flamengo apresentou detalhes do projeto de construção do novo estádio no terreno do Gasômetro. Em reunião do Conselho Deliberativo na noite desta quarta-feira (17), o presidente Bap afirmou que o tempo mínimo para a conclusão das obras é julho de 2036.
Segundo o presidente e sua cúpula, a gestão anterior subestimou os custos do projeto nos cálculos iniciais. A FGV fez um estudo estabelecendo os números com a inflação, contingências, e insumos em R$ 2,66 bilhões. Com a inclusão do custo de capital, o valor total do estádio chegará em R$ 3,1 bilhões. A diretoria de Rodolfo Landim falava em R$ 1,9 bilhão e inauguração em 2029.
No encontro com os conselheiros, o Flamengo apresentou as conclusões dos estudos de campo de sondagem, arbóreo, topografia, patrimônio histórico e descontaminação do terreno realizado por cinco empresas contratadas. Além de Bap, estiveram presentes Alexandre Rangel, sócio da RRA Consultoria, e Ricardo Simonsen, Henrique Castro e Bauer Rachid, da FGV Conhecimento.
"Nesse período, uma equipe de especialistas se dedicou a desenvolver um projeto viável, corrigindo distorções de origem que envolviam custos subestimados, prazos irreais, receitas superestimadas e um modelo de financiamento insustentável", disse o Flamengo em comunicado.
O estudo também apontou redução nas receitas projetadas. O plano anterior considerava um valor médio de ingresso de R$ 195,44 — mais que o dobro da média atual —, com 30% dos assentos classificados como VIP ou Premium, o dobro do que existe hoje no Maracanã.
Além disso, o relatório preliminar da FGV apontou um prazo para a descontaminação entre 18 e 24 meses, após a saída da Naturgy. Sem essa etapa, não há a possibilidade de obter as licenças necessárias para iniciar a construção. Na prática, isso significa que a obra não poderia começar em menos de seis a sete anos, aos quais se somariam outros três anos de construção.

Veja os pontos apresentados pelo Flamengo

- Estádio otimizado de 72 mil lugares, com foco na redução de assentos premium;
- Custo revisado de R$2,2 bilhões, incluindo o estádio, contingências, terreno, custo de capital e custo do entorno;
- Prazo de conclusão mínimo em julho de 2036, dependendo de diversos fatores externos;
- Estratégia de financiamento viável baseada na geração de recursos internos (poupança);
- Lastro no aumento de receitas orçamentárias e rentabilidade, sem gerar impacto na performance esportiva.