Arrascaeta e Filipe Luís estavam em campo na eliminação do Flamengo, nas oitavas da Libertadores de 2020Alexandre Vidal/Flamengo

Flamengo e Racing se encontram pela terceira vez em uma disputa de mata-mata, agora pela semifinal da Libertadores de 2025. Com a partida de ida no Maracanã, na quarta-feira (22), às 21h30 (de Brasília), o Rubro-Negro tenta construir uma vantagem para definir a classificação, em Avellaneda, e eliminar um adversário que tem sido bastante incômodo.
Em um confronto muito equilibrado na história, com seis vitórias brasileiras, cinco argentinas e seis empates, no mata-mata é diferente. Nas duas vezes em que as equipes disputaram vaga em um torneio oficial, o Racing levou a melhor em ambas.
Em outra curiosidade do confronto em mata-matas, o Flamengo contou com gols nos acréscimos que deram um último respiro. Mas que não foram suficientes para evitar a eliminação posteriormente.

Outra semifinal foi em 1992

O primeiro encontro numa competição oficial tinha Júnior, Djalminha, Paulo Nunes e Júnior Baiano em campo pelo Flamengo. Foi pela da Supercopa dos Campeões da Libertadores de 1992.
Com o Maracanã fechado para reforma depois da tragédia da queda do alambrado na final do Brasileiro, a partida foi no Pacaembu, em São Paulo. E o Racing por muito pouco não venceu.
O Rubro-Negro, que abriu o placar com um golaço de Júnior, foi salvo por um pênalti sofrido por Paulo Nunes, autor do segundo gol, aos 48 minutos do segundo tempo. O time argentino vencia por 3 a 2 e Djalminha garantiu o empate em 3 a 3.
Entretanto, na volta, não deu para segurar o adversário, que venceu por 1 a 0 e se classificou para a final. Ao fim da partida, os jogadores do time carioca reclamaram de dois pênaltis não marcados e da catimba argentina.

O encontro na Libertadores de 2020

Passaram-se quase 30 anos até Flamengo e Racing voltarem a se encontrar num mata-mata. E novamente os rubro-negros saíram tristes, apesar de já contarem com o elenco que fez história em 2019.
Em plena pandemia e sem torcida, as equipes empataram duas vezes em 1 a 1 pelas oitavas de final da Libertadores de 2020. Após a igualdade na Argentina, com um gol de Gabigol, a decisão ficou para o Maracanã, com William Arão marcando o gol salvador aos 47 minutos do segundo tempo.
Apesar de melhor, o Rubro-Negro não conseguiu abrir o placar e ainda viu Rodrigo Caio ser expulso aos 17 da segunda etapa por falta dura. Na sequência, o time argentino abriu o placar e se segurou até o volante empatar. Só que o mesmo Arão foi o único a desperdiçar uma cobrança na disputa por pênaltis, com defesa de Árias.

Flamengo e Racing no mesmo grupo em 2023

Não foi em mata-mata, mas os dois se encontraram também no Grupo A do principal torneio continental, há dois anos. E novamente os argentinos foram pedra no sapato, já que terminaram em primeiro lugar, com 13 pontos, dois a mais que o Rubro-Negro.
Ao menos, o Flamengo não perdeu: empatou fora por 1 a 1 (Gabigol marcou) e venceu em casa por 2 a 1 (gols de Wesley e Vitor Hugo). Aliás, a última vitória do Racing na história do confronto foi justamente aquela de 1992.
Desde então, foram quatro jogos em competições oficiais, com três empates e um triunfo do time brasileiro, que também levou a melhor em amistoso no Sergipe, em 2003: 2 a 1.