Fernando Diniz conquistou primeiro título pelo FluminenseMARCELO GONÇALVES/FLUMINENSE

Rio - A conquista da Taça Guanabara com a vitória do de virada do Fluminense sobre o Flamengo, por 2 a 1, na noite da última quarta-feira (8), no Maracanã, foi especial para Fernando Diniz. Após o triunfo, o treinador celebrou seu primeiro título com um clube grande no Brasil e afirmou que o resultado positivo é fruto de muito trabalho.
"Estou muito feliz por ser meu primeiro título nessa casa. Não é o meu primeiro, ganhei títulos de menor expressão que as pessoas desconsideram quando é conveniente. Mas para mim tem coisas muito mais importantes na vida que é o trabalho de quem faz com justiça, clareza... Que os títulos sejam sempre consequência de um trabalho bem feito, de muitas mãos. Fluminense tem uma desproporção muito grande de receita para o nosso rival e outros rivais, mas com muito trabalho a gente consegue ir tirando essa desvantagem", afirmou Diniz.
"Quero agradecer muito meus jogadores, staff, trabalho de muitas mãos. A gente sabe que amanhã já tem que se apresentar para treinar à tarde, tendo maior respeito com o Volta Redonda (adversário na semifinal), mas até amanhã à tarde vamos dar uma celebrada. Quero dedicar esse título às mulheres, a gente sabe como elas são importantes, e de maneira especial às minhas mulheres: minha esposa Simoni, minha filha Caroline e em memória da minha mãe, que não está mais entre nós, mas foi uma guerreira que criou oito filhos no braço", comemorou o treinador.
Ainda no gramado, Fernando Diniz foi chamado pelos jogadores para levantar o troféu da Taça Guanabara ao lado dos líderes do elenco Nino, Felipe Melo e Matheus Ferraz. Na coletiva, ele fez questão de falar sobre sua relação com o elenco.
"Essa relação minha com os jogadores é um troço que... Talvez a alma do meu trabalho seja a relação que estabeleço com os jogadores. Acho que o futebol é um meio, não um fim, para melhorar a vida das pessoas, em especial a dos jogadores. Carrego comigo sempre esse desejo de melhorar a vida deles. Carrego também um receio grande do que vai acontecer na vida deles quando encerrarem a carreira em média com 35 anos. Tem um jogador que eu fui que nunca vai deixar de existir dentro de mim. Fui um jogador típico brasileiro: nasci em uma família com oito irmãos, fui órfão de pai muito cedo, criado na periferia de São Paulo, na Zona Leste. Eu sei o que é ser jogador, como o sistema é muito bruto, cruel", afirmou.
Agora, o Fluminense volta a campo no próximo fim de semana, pelas semifinal do Campeonato Carioca, contra o quarto colocado da Taça Guanabara. A definição do adversário acontecerá na noite desta quinta-feira, na partida do Vasco. Caso o time da Colina empate ou vença, o rival será o Volta Redonda. Em caso de derrota, o Cruzmaltino terá que encarar o Tricolor.