Felipe Melo foi titular em sete e acabou poupado em um nos últimos oito jogos do FluminenseMarcelo Gonçalves / Fluminense

O "ruf ruf" que sai da arquibancada a cada bola salva na defesa por Felipe Melo cresce a cada partida, assim como o prestígio dele com o torcedor do Fluminense. Após muitas críticas que recebeu desde o ano passado pela dificuldade em jogar em alto nível, o volante de 39 anos vem de uma boa sequência como titular na zaga, desde a lesão de Manoel, e se firma cada vez mais no time.
"Não nasci ou cresci jogando como zagueiro. Cada dia que passa eu aprendo mais, ganho mais confiança para sair jogando e faço um pouco melhor a leitura junto ao Nino. Eu me senti bem, como não joguei no sábado (contra o Fortaleza), poderia ter ficado os 90 minutos em campo", afirmou o jogador, que foi titular em sete dos últimos oito jogos. No outro, foi poupado.
Essa evolução tem o fator adaptação à nova função de zagueiro, mas também a melhora da questão física. Um ano após a cirurgia no joelho direito, Felipe Melo conseguiu voltar à melhor forma, o que que não alcançava desde que se machucou e jogou no sacrifício, na primeira partida da final do Campeonato Carioca de 2022.
Apesar da muita dedicação nos treinos, o problema no joelho atrapalhou bastante o seu retorno aos gramados no ano passado. A velocidade não é mais a mesma de quando jovem, mas agora o volante chega mais inteiro nas jogadas, para roubadas de bola providenciais em um time que muitas vezes acaba exposto pela forma de jogar.
E o volante também contribui com uma saída de bola melhor, assim como nos lançamentos, para mudar um pouco a característica do time. Contra o River Plate, ele foi quem mais lançou: quatro vezes, segundo o "Footsats". Sem falar na liderança em campo, como demonstrou contra o River Plate.
"Torcedor é passional e não sabe o que acontece no dia a dia. Eu me quebrei todinho naquele primeiro jogo da final (do Carioca de 2022). Se eu tivesse pensado um pouco mais em mim, sairia aos cinco minutos do primeiro tempo, mas continuei porque achei que era importante. Sei o que faço, pelo que passei. A cada dia que passa eu melhoro, creio que sou um milagre continuar jogando futebol (após a cirurgia) e me sentindo bem como estou hoje", disse o volante de 39 anos.