Marcelo e Marlon retornaram ao Fluminense em busca de títulos que não conseguiram na primeira passagemfotos de Lucas Merçon e Mailson Santana / Fluminense
Marcelo e Marlon saíram muito jovens do Fluminense, rodaram o mundo e, agora, ‘voltaram para casa’ para ganharem títulos, como fizeram questão de dizer em suas apresentações. Ao fazerem o caminho inverso das promessas de Xerém, agora terão a oportunidade única de entrar para a história do clube que os revelou, caso conquistem a grande obsessão do Tricolor: a Libertadores, na final de sábado (4), no Maracanã.
O momento deles com a torcida pode não ser dos melhores - foram vaiados recentemente -, mas o principal objetivo, de ficarem marcados por conquistas, está a um jogo de se concretizar, contra o Boca Juniors, e ajudará a mudar de vez essa relação com os tricolores.
Mais experiente, Marcelo chegou ao Fluminense em março de 2023 com o status de grande nome do futebol mundial, após sair com apenas uma ano de profissionais (2006), aos 18 anos. Cinco vezes vencedor da Liga dos Campeões, quatro do Mundial, seis do Campeonato Espanhol, entre outras conquistas em 17 temporadas pelo Real Madrid, o lateral de 35 anos quer mais. Após rápida passagem pelo Olympiacos, da Grécia, decidiu voltar às origens para escrever mais um capítulo dessa história com o clube que o revelou em 2005.
Campeão do Carioca logo ao chegar, sendo destaque na goleada por 4 a 1 sobre o Flamengo, na final, ele é o símbolo da busca do clube por grandes conquistas e foi transformado em um dos líderes do time rumo à Glória Eterna. Inclusive, durante sua apresentação, o filho Liam Alves se empolgou com a torcida e gritou várias vezes "Vamos ganhar a Libertadores", mostrando que o experiente lateral tem uma missão a cumprir.
"Estou muito feliz de poder chegar a uma final de Libertadores com o meu time do coração, que me criou. Essa alegria é em dobro”, disse Marcelo em entrevista à Conmebol.
A busca por um título pelo Fluminense também motivou Marlon neste retorno. Aos 28 anos, chegou em julho após rodar por Espanha, Itália, França e Ucrânia, e avisou que o objetivo era ser campeão para deixar "uma boa reputação". Revelado em 2014, em momento conturbado do clube com a saída da patrocinadora Unimed, ficou três anos e, na única conquista do Tricolor, a Primeira Liga, disputou apenas uma partida.
Por isso, o zagueiro não inclui o torneio como título e quer a Libertadores. Mesmo na reserva, foi importante no 2 a 2 com o Internacional no Maracanã, pelo primeiro jogo da semifinal, quando entrou com o time com um jogador a menos. E com Nino e Felipe Melo sem estarem nas melhores condições, Marlon tem chances de entrar durante a final para poder cumprir o objetivo de ficar na história do Fluminense.
"Graças a Deus estou podendo vivenciar essa oportunidade no meu retorno ao clube e é realmente muito, muito legal. Estamos focados para colocar o Fluminense no topo dos grandes vencedores. Vai ser uma honra para mim e para todos os meus companheiros", disse Marlon à reportagem de O DIA.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.