Fernando DinizLucas Merçon / Fluminense
Diniz despista sobre escalação do Fluminense na final da Libertadores: 'Vão ter que imaginar'
Treinador concedeu entrevista coletiva ao lado do zagueiro Nino, que está recuperado de lesão no joelho esquerdo e ficará à disposição contra o Boca Juniors
Rio - Um dia antes da final da Libertadores, Fernando Diniz e Nino concederam entrevista coletiva à imprensa no Maracanã. O comandante do Fluminense despistou sobre a escalação da equipe para o duelo com o Boca Juniors, mas deu explicações sobre possíveis escolhas por agressividade no terço final ou reforço na faze de construção no meio-campo.
"Diferente do Almirón (técnico do Boca), vão ter que imaginar. Tem essas possibilidades, talvez outras. Se a dúvida está aí, vou deixar como está. Com o John Kennedy, você ganha mais profundidade, e com um cara no meio, em tese, você ganha mais recurso no meio de campo. A base de minha estratégia é colocar o melhor time para cada jogo e é o que vou fazer amanhã", iniciou.
"Contra o Olimpia, o time teve menos gente no meio de campo e soube se ajudar sem perder consistência. Hoje é outro momento, e vou procurar botar o melhor para jogar. Já sei o time há um tempinho", completou.
Questionado sobre o equilíbrio no que envolve as partes tática e mental, Diniz destacou o longo trabalho à frente do Tricolor e como isso pode ser primordial na decisão contra os argentinos, que chegaram até a final sem vencer um jogo no mata-mata.
"A vida, para mim, é sempre complexa e tem muitas influências. O futebol é arte ou ciência? Pra mim é mais arte, mas não pode esquecer da ciência e vice-versa. Quando é de maneira artística, fica mais na mente das pessoas, difícil de esquecer. Os times que são treinados há mais tempo costumam ter parte mais mental nos momentos decisivos. A harmonia é o que faz parte do campo mental e tem prevalência."
Apesar de confirmar a ansiedade para o que pode ser seu primeiro título de expressão na carreira, Fernando Diniz vai em busca daquilo que marca seu trabalho no Fluminense: paciência e união. Esta, para o treinador, parece ser a receita do sucesso neste sábado.
"Quem imaginaria que estaríamos aqui agora? O que dá segurança é que sou um cara focado no trabalho e na minha vida, não só no resultado, que muitas vezes é intangível. A nossa vida, e nem a do time, estão à mercê do jogo de amanhã. Estamos preparados com toda nossa alma e todo nosso espírito. O time está muito bem preparado. Espero, de fato, que todos estejamos muito unidos amanhã."
Desfalque do Fluminense nos últimos cinco compromissos por conta de uma lesão no joelho esquerdo, quando esteve à disposição da Seleção, o zagueiro Nino confirmou sua recuperação e que está apto para ajudar o time em busca do primeiro título de Libertadores.
"Estou muito bem, graças a Deus. Foram semanas de muita dedicação de muita gente, preparação física, fisioterapia e nutrição. Chego 100% muito feliz com minha condição física.
No palco da grande decisão, nesta temporada do torneio continental, o Fluminense pode ostentar uma grande campanha, com quatro vitórias (The Strongest, River Plate, Olimpia e Argentinos Juniors) e dois empates (Internacional e Sporting Cristal). Para Nino, jogar no Maracanã pode ser um diferencial.
"É muito especial viver esse momento no Maracanã. Desde que soubemos que a final seria aqui, foi um objetivo que traçamos. Ficamos muito felizes e conhecemos o campo. Não sei se é tão determinante e sei que teremos pessoas queridas como nossa família e torcida, principalmente. Isso nos enche de motivação e faz com que a gente entre com um algo a mais."
O Fluminense encara o Boca Juniors neste sábado (4), às 17h (de Brasília), pela decisão da Libertadores em jogo único. Em caso de empate, a partida irá para a prorrogação. Se ao fim dos 30 minutos depois do tempo regulamentar a igualdade persistir, o campeão será decidido nos pênaltis.
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