Dana White, presidente do UFC, é um dos pilares da organização (Foto: Divulgação/UFC)

O UFC, maior organização de MMA do planeta, vive uma batalha judicial contra 1,2 mil lutadores que fizeram ou fazem parte da companhia. O processo aponta que o Ultimate violou uma lei antitruste - que não aumenta os vencimentos dos funcionários em relação ao crescimento das receitas da empresa.

De acordo com o processo, que está sendo realizado na Justiça norte-americana, o UFC utilizou da posição de líder do mercado para "pagar menos" aos lutadores. O documento ainda diz que a companhia liderada por Dana White possui um "enorme" controle do segmento.

O Ultimate informou que as demandas do processo não são cabíveis e que isso pode resultar em algo sem precedentes na escala empresarial dos Estados Unidos - além do esporte. O UFC também garantiu que a ação coletiva é um "erro", pelo fato de cada lutador ter um tipo de contrato, de acordo com uma série de fatores.

A ação coletiva acredita que os lutadores possam ter tido um prejuízo de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 7,9 bilhões na conversão) entre 2010 e 2017, onde os dados foram coletados. Caso seja aplicado a lei americana antitruste, o valor poderia triplicar. O Ultimate, no entanto, revelou um lucro líquido de US$ 235 milhões (aproximadamente R$ 1,16 milhão) no período citado.

Nos últimos anos, alguns lutadores já reclamaram publicamente das bolsas recebidas dentro do UFC. O caso mais emblemático é o de Francis Ngannou, que deixou a organização após um longo imbróglio financeiro. O camaronês era o campeão dos pesados na época. Nomes como Jon Jones e Paulo Borrachinha também criticaram publicamente a franquia.