Rio - Considerado um dos melhores surfistas de todos os tempos, o tricampeão mundial Gabriel Medina disputará as Olimpíadas pela segunda vez na carreira e busca uma medalha inédita. Após bater na trave e ficar fora do pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021, o brasileiro busca reescrever a história e aposta no bom desempenho nas ondas de Teahupo'o, no Taiti, para alcançar o objetivo.
A derrota na semifinal das Olimpíadas de Tóquio para o japonês Kanoa Igarashi e para o australiano Owen Wright na disputa pela medalha de bronze incomodou Gabriel Medina. O tricampeão mundial se sentiu lesado com o julgamento das notas e passou um período afastado das águas após conquistar o tri do Circuito Mundial (WSL) após os Jogos Olímpicos.
Medina ficou quase dois anos sem vencer no Circuito Mundial. O jejum terminou em abril do ano passado, quando foi campeão da etapa de Margaret River, na Austrália, superando o americano Griffin Colapinto. Mas não foi à final e precisou buscar a vaga olímpica no ISA Games, em Porto Rico, no início deste ano. O tricampeão venceu a competição e se juntou ao bicampeão Filipe Toledo e João Chianca.
Na atual temporada do Circuito Mundial (WSL), Medina ainda não venceu nenhuma etapa, mas chega num bom momento para os Jogos Olímpicos de Paris. Após escapar do corte do meio da temporada, o brasileiro ficou entre os dez melhores nas quatro provas seguintes, sendo o terceiro colocado em duas das últimas três etapas, incluindo Teahupo'o, no Taiti, onde obteve a única nota 10 do masculino.
Esperança com aproveitamento no Taiti
O desempenho de Gabriel Medina nas águas de Teahupo'o, no Taiti, é o principal trunfo para conquistar a inédita medalha olímpica. Desde 2014, o brasileiro sempre chegou à semifinal da etapa no Circuito Mundial (WSL), sendo duas vezes campeão e quatro vezes vice. Em 2024, ficou em terceiro, mas conquistou a única nota 10 do masculino, nas oitavas de final.
A nota 10 em Teahupo'o neste ano não foi a única de Gabriel Medina no local. Em outras quatro ocasiões, o brasileiro também conseguiu a nota máxima. Outro grande momento do tricampeão aconteceu em 2014, quando tinha apenas 21 anos, e surpreendeu o mundo ao desbancar o multicampeão Kelly Slater, considerado o maior surfista de todos os tempos e o recordista de vitórias no pico.
Histórico de Medina em Teahupo'o:
2012: 5º lugar 2013: 13º lugar 2014: 1º lugar 2015: 2º lugar 2016: 3º lugar 2017: 2º lugar 2018: 1º lugar 2019: 2º lugar 2023: 2º lugar 2024: 3º lugar
*Em 2020 e 2021 não houve evento por conta da pandemia da Covid-19. Já em 2022, Medina não participou por conta de lesão
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