Pedrinho é o presidente do VascoLeandro Amorim/Vasco
Publicado 18/07/2024 17:43 | Atualizado 18/07/2024 18:22
Rio - O presidente do Vasco, Pedrinho, rebateu John Textor, acionista majoritário da SAF do Botafogo. O empresário havia dito numa recente ao site "ge" que a situação atual do Gigante da Colina causa insegurança no futebol brasileiro. Além disso, o norte-americano criticou a ação judicial do associativo, que tirou o controle do futebol cruz-maltino das mãos da 777 Partners.
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"Com muito respeito ao Textor, ele mexeu num campo que ele não tem conhecimento do que a gente tem. Ele falou que a 777 não descumpriu nada. Descumpriu diversas coisas. Ele não tem acesso ao contrato. Então, o juiz que deu a liminar está errado? De fora, as pessoas vão falar coisas que elas não sabem, como falaram diversas vezes, como eu apanhei cinco meses, e as pessoas não sabiam", disse Pedrinho, em entrevista aos jornalistas após o sorteio da Copa do Brasil.
"Respeito muito todos os aspectos que ele abordou nessa entrevista, mas essa obviamente por não ter o conhecimento... E eu não fico chateado com isso, porque outras também pessoas opinaram de forma equivocada. Ele está equivocado, e brevemente vocês vão entender mais sobre esse caso. Mas o meu respeito por ele é grande, a gente vê a transformação que ele está fazendo no Botafogo", completou.
Pouco depois da declaração de Pedrinho, John Textor se manifestou por meio de uma nota publicada no Instagram. Ele deu razão a Pedrinho e disse que seus comentários foram "certamente um tanto teóricos". O empresário ainda destacou que aplaude os esforços do mandatário para proteger o Vasco.
"Presidente Pedrinho está 100% correto. Não conheço os fatos do desastre da 777 e tenho a certeza de que é uma grande luta lidar com a natureza imprevisível do drama em evolução do 777. Os meus comentários foram certamente um tanto teóricos, e eu estava apenas a tentando sobre o impacto que esta situação tem nas percepções globais. Aplaudo os esforços dele para proteger o seu clube, e desejo ao Vasco apenas os melhores resultados (a não ser que estejamos nos enfrentando é claro!)", escreveu Textor.
John Textor é o acionista majoritário da SAF do Botafogo - Vítor Silva / Botafogo
John Textor é o acionista majoritário da SAF do BotafogoVítor Silva / Botafogo

Futebol do Vasco

A 777 Partners assumiu a SAF do Vasco em 2022. Entretanto, em maio deste ano, a diretoria do Vasco entrou com uma ação cautelar na Justiça contra a empresa. O movimento do clube associativo visou evitar uma futura penhora das ações que pertencem ao grupo estadunidense.
No mesmo dia, 15 de maio, a 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido em caráter liminar. Dessa forma, a decisão tirou o controle da SAF do Vasco das mãos da 777 Partners.
O futebol, então, passou a ser comandado pela associação. A 777 Partners já tentou suspender a liminar, mas o pedido foi negado.

Relembre o que Textor havia dito

"Conhecendo os investidores por trás da 777, eu penso que o que aconteceu de errado no Brasil pode ser bem ruim para o país. Porque o clube social foi até o tribunal e tomou o controle do clube. Ele pode até estar certo sobre os problemas na 777, mas acho que deveriam ter esperado até a 777 violar alguma cláusula do acordo. O dinheiro por trás da 777 ainda está lá e é muito bem capitalizado. É uma grande empresa de seguros. Se eles escolherem cumprir com o contrato, eles têm todos os recursos financeiros para isso".
"Logo que começaram a surgir os problemas com a 777 ao redor do mundo, esse grupo assumiu o controle da 777 e eles estão preparados para cumprir as obrigações. Tem uma coisa estranha que acontece no Brasil, estranha na perspectiva de um americano, que as pessoas podem ir a um juiz em uma sessão secreta e dizer: 'Veja, é muito claro o que estamos dizendo'. E as outras partes não são convidadas para se defender, e o juiz toma uma decisão os colocando no comando do clube. Isso é insano. Tem um legítimo investidor multibilionário por trás do Vasco. O cara que deu o dinheiro à 777 e que efetivamente é o proprietário dos ativos agora".
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