Estudantes de três escolas de Guapimirim participam de atividades culturais no Centro Cultural MunicipalSecretaria de Cultura de Guapimirim - Imagem cedida ao DIA
Estudantes de Guapimirim participam de atividades culturais
Foram realizadas oficinas de jongo, contação de histórias e a apresentação de um espetáculo
Guapimirim – Mais de 200 estudantes das redes municipal e estadual de ensino de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, participaram de oficinas culturais afro-brasileiras, na última segunda-feira (24/4), tais como canto, dança e roda de jongo, contação de histórias, além de assistirem ao espetáculo “Som de Madureira – Os Negros Bantus e a Independência”.
As atividades foram realizadas pela Cia. de Aruanda, com sede em Madureira, bairro da Zona Norte do Rio, e aconteceram em território guapimiriense, tanto no Centro Cultural Municipal quanto em algumas escolas.
Participaram das atividades os alunos das escolas municipais Ilza Junger Pacheco e Maximino José Pacheco e do Colégio Estadual Alcindo Guanabara. Com isso, foram contemplados estudantes das séries iniciais e finais do ensino fundamental e também do ensino médio.
Os eventos contaram com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa de Guapimirim e com o patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro e da Petrobras.
De acordo com o coordenador de Patrimônio Cultural de Guapimirim, Thiago Godoy, os eventos tiveram como objetivo “trazer um pouco mais da dinâmica da cultura popular brasileira pouco conhecida da nossa população” para fortalecer os patrimônios imateriais como a Folia de Reis, entre outras manifestações culturais.
O jongo é considerado um patrimônio cultural desde 2005 por parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). É uma expressão cultural afro-brasileira comumente praticada no Sudeste do país, inclusive na Festa do Divino Espírito Santo, tendo se consolidado entre os escravos que trabalhavam nas lavouras de café e de cana-de-açúcar. O jongo visa valorizar a ancestralidade e o papel da mulher como matriarca de uma família. As letras dos cânticos falam do dia a dia e dos desafios da população negra nas periferias.
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