Trem da SuperViaAgetransp - Redes Sociais

Guapimirim – O Conselho Diretor da Agência Reguladora de Transportes Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) decidiu manter a multa aplicada contra a SuperVia no valor de R$ 131.990,79 “por descumprimentos contratuais relativos à falha na prestação do serviço no ramal Guapimirim”. A informação foi divulgada pelo órgão regulador na última segunda-feira (5/6).
Em 2018, a concessionária paralisou as operações no trecho citado, entre os dias 30 de junho e 1º de julho e entre 3 e 12 de julho, ao alegar “falta de segurança”. Na época, moradores do município vizinho de Magé, por onde passa o ramal Guapimirim, fizeram protestos contra a desativação de duas estações de trem.
Os manifestantes invadiram a via férrea e incendiaram objetos próximos às estações para impedir a circulação do trem, sendo a primeira ocasião no dia 30 de junho daquele ano na estação Santa Guilhermina e depois no dia 3 de julho próximo à estação Santa Dalila.
A empresa justificou que “ações como essas colocaram em risco a integridade de passageiros e funcionários” e que aguardaria a situação se normalizar para restabelecer o serviço”.
Em outubro de 2020, a Agetransp multou a SuperVia, mas esta tinha recorrido. O ente fiscalizador decidiu manter a multa, ao sustentar que “a concessionária falhou em não prover a continuidade e a retomada do serviço no menor tempo possível, além de não comprovar a informação sobre possíveis danos estruturais na via permanente”.
Com a interrupção temporária das operações, passageiros de Magé e de Guapimirim foram afetados. O trem é o meio de transporte menos custoso – em comparação a ônibus e vans – para quem precisa trabalhar em Duque de Caxias ou no Rio de Janeiro, por exemplo. O principal problema que os usuários continuam enfrentando ao longo de anos é a má prestação do serviço, com trem sucateado no supracitado ramal.