Zelito TringuelêFoto: Redes Sociais - Reprodução - Arquivo

Guapimirim – A 2ª Vara da Comarca de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, decretou a condução coercitiva do ex-prefeito de Guapimirim Jocelito Pereira de Oliveira, mais conhecido como Zelito Tringuelê (PL-RJ). Arrolado como testemunha de acusação num processo, ele não compareceu a uma audiência marcada para a última quarta-feira (8). O caso se refere ao atropelamento e consequente óbito do advogado e ex-subsecretário municipal de Agricultura Urias Fernandes em novembro do ano passado. O DIA conversou com Maris Maurat, viúva da vítima, e noticia em primeira mão esse capítulo.
Além de faltar, Zelito Tringuelê (PL-RJ) não justificou a ausência. A questão é tratada como grave ocultação de paradeiro pela Justiça e é acompanhada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), autor da denúncia contra Zilanda Genaio Costa, a condutora que atropelou Urias Fernandes.
Um oficial de Justiça esteve na empresa de Zelito Tringuelê (PL-RJ) para entregar a intimação de comparecimento, e uma funcionária disse que ele não fazia parte do quadro da firma. Em ata de audiência, a juíza do caso certificou que a trabalhadora mentiu ao Poder Judiciário.
Zelito Tringuelê (PL-RJ) não foi à audiência no Fórum de Guapimirim, mas sua esposa Paula Francinete Machado de Jesus – conhecida como Paula Tringuelê (SD-RJ) –, sim. Ela foi convocada na condição de testemunha e questionada se o marido não sabia da intimação. A ex-deputada estadual pelo Rio de Janeiro, também ex-secretária de Assistência Social de Guapimirim, confirmou e disse que o marido só compareceria se fosse localizado.
Foi Paula Tringuelê (SD-RJ) quem passou os endereços do esposo para a Justiça. Durante audiência ocorrida no último dia 27 de setembro, a ex-parlamentar causou risos e estranheza entre os presentes, ao dizer que não tinha o telefone do próprio marido. A ex-primeira-dama é testemunha convocada pela amiga ré, enquanto Zelito, pela família da vítima.
A omissão de Zelito Tringuelê e a dificuldade de ser encontrado têm causado estranheza entre as partes da ação penal, por passar a impressão de que ele não quer colaborar com a Justiça. Cabe salientar que Urias Fernandes foi subsecretário na gestão do ex-prefeito.
A morte de Urias Fernandes completará um ano no próximo dia 22 de novembro. Ele foi atropelado no dia 12 do mesmo mês, mas não resistiu aos graves ferimentos. Somente em maio de 2023, seis meses após, foi que o MPRJ apresentou denúncia perante a Justiça contra a ré Zilanda Genaio Costa, servidora comissionada da Prefeitura de Magé e ex-assessora de Paula Tringuelê quando ambas trabalhavam na Prefeitura de Guapimirim. Desde então, já foram realizadas quatro audiências.
Uma próxima audiência está agendada para as 10h30 do próximo dia 23 de novembro para tratar do assunto.