Exportadores brasileiros conseguiram um aumento de 20,5% nas exportações no primeiro semestre do anoReprodução
No que se refere às importações, os preços também fizeram a diferença na conta final, mas com recuo de volume, o que garantiu um superavit na balança comercial - nos primeiros seis meses do ano - de US$ 34,3 bilhões. O valor, no entanto, foi inferior ao do primeiro semestre de 2021, que chegou a US$ 37 bilhões.
Até a terceira semana de julho, de acordo com o Ministério da Economia, a balança comercial brasileira já acumula superavit de US$ 38,10 bilhões, com redução de 7,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No total, as exportações no primeiro semestre somaram US$ 181,10 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 143 bilhões.
Para as empresas que pretendem entrar no mercado da exportação, precisam importar insumos ou, ainda, querem comercializar produtos importados, é preciso considerar as variações de taxas cambiais, que podem definir custos e margem de lucro.
Ele ressalta que com inflação alta e a desvalorização da moeda brasileira, empresas que dependem de importação ou exportação precisam estar atentas às notícias e acontecimentos relacionados às economias dos países envolvidos no negócio para tentar prever riscos.
“Com o crescimento de fintechs, startups, corretoras de câmbio e bancos mais modernos, as taxas de spread têm se tornado cada vez mais atrativas para os clientes face à competitividade para retê-los. Assim, uma boa taxa de spread aliada a um bom fechamento de câmbio, os lucros certamente serão melhores”, concluiu.
As commodities ainda estão no topo das exportações brasileiras e foram responsáveis por 68,3% do que foi vendido para o exterior no primeiro semestre de 2022. Mas, até mesmo o volume de commodities exportado foi menor que no mesmo período do ano passado. O reajuste dos preços, como explicado acima, foi o que garantiu o resultado positivo da balança comercial.
O valor das não commodities negociadas no mercado externo também contribuiu para o desempenho brasileiro, segundo análise da FGV, e serviu para compensar a redução de volume das líderes de exportação (produtos agropecuários e minérios).
Já as importações se concentraram em não commodities, representando 89,7% dos produtos comprados no exterior. Fertilizantes e produtos da indústria da transformação estão entre as mercadorias que mais entraram no país. De acordo com o boletim do Ministério da Economia divulgado na terceira semana de julho de 2022, o crescimento nas importações foi influenciado pelo aumento das compras dos seguintes produtos:
Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (128,7%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (187,9%) e inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes (137,0%) na Indústria de Transformação.
Trigo e centeio, não moídos (32,1%), Milho não moído, exceto milho doce (77,5%) e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (22,5%) na agropecuária;
Fertilizantes brutos (exceto adubos) (197,2%), carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (52,0%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (65,2%) na Indústria Extrativa
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