Sargento Cristiane pediu vistas do projeto que pede a convocação da secretária de Agricultura Foto Divulgação (Arquivo)

Itaperuna - Depois de muita polêmica, os profissionais da saúde de Itaperuna deverão receber o piso nacional na próxima sexta-feira. Pelo menos é o que ficou definido nesta segunda-feira (18) na Câmara Municipal, quando também foram incluídos os servidores municipais que estavam excluídos.
No entanto, a carga contra o governo aumentou, com acusação de que uma empresa “fantasma” estaria se beneficiando de cerca de R$ 5 milhões repassados em ajuda às famílias atingidas pelas enchentes, valor que teria sido desviado para Secretaria de Agricultura. O assunto estaria no Ministério Público Estadual.
O vereador Alailton Pontes de Souza (Lalá) apresentou pedido para que a secretária de Agricultura Viviane Braga Pereira compareça ao Legislativo para prestar esclarecimentos. Outros vereadores assinaram juntos; no entanto, a líder do governo, Sargento Cristiane, pediu vistas.
Também os vereadores Glauber Bastos e Amanda de Aidê afirmaram que o governo está devendo oito meses de alugueis de imóveis onde funcionam alguns órgãos municipais e que veículos da prefeitura estão sem circular, porque os postos suspenderam o abastecimento, por falta de pagamento. O Dia enviou demanda ao Departamento de Comunicação, mas, talvez por causa do adiantado da hora, não obteve resposta.
A Câmara aprovou em segunda discussão o projeto de lei que estabelece o repasse da complementação do piso nacional da enfermagem para instituições filantrópicas contratualizadas ou conveniadas. No entanto, para que o pagamento seja executado depende ainda da sanção do prefeito.
O piso já era para estar sendo pago; mas, embora os recursos tivessem sido repassados pelo governo federal, o prefeito Alfredo Paulo Marques Rodrigues (Alfredão) não cumpriu o prazo, segundo denunciaram vereadores e o Sindicato dos Servidores.
O projeto de lei só foi encaminhado ao Legislativo depois de pressão dos profissionais de enfermagem e de alguns vereadores, sendo votado em primeira discussão no último dia 14. Porém, outra polêmica foi criada, porque no texto não constaram os funcionários públicos.
O projeto inclui os auxiliares e técnicos de enfermagem, parteiras e enfermeiros que atuam na filantropia e no Hospital São José do Avaí; mas, os servidores municipais ficaram fora; nova pressão aconteceu e somente nesta segunda-feira o Executivo enviou novo projeto incluindo o segundo grupo; aprovado em primeira discussão, entrará em pauta definitiva na quarta.