Até o contrato foi questionado no debate. Também a Cedae foi criticadaFoto: Tiago-Ferreira

Macaé - A Câmara Municipal de Macaé aprovou um requerimento na terça-feira (21) exigindo que a Enel tome providências para restaurar a energia nas áreas afetadas pelos fortes ventos no fim de semana. O presidente Cesinha (Solidariedade) questionou o contrato de concessão com a empresa e destacou que não se pode renovar nas atuais condições.
O vereador mencionou o caso do governo de Goiás, que obteve na justiça autorização para trocar a concessionária no início deste ano. O requerimento foi apresentado pela frente parlamentar que trata dos problemas relacionados ao fornecimento de energia. Cesinha expressou sua preocupação com a falta de ação visível por parte da Enel, apesar das alegações de que 70 equipes estariam atuando para recuperar a rede.
Os parlamentares também destacaram a necessidade de um plano municipal para lidar com situações semelhantes no futuro, considerando a previsão meteorológica dos fortes ventos. A vereadora Iza Vicente (Rede) sugeriu a implantação de placas de energia solar na cidade para diminuir a dependência e apontou que as áreas mais prejudicadas são as mais pobres.
Tico Jardim (Solidariedade) informou que a Bicuda Pequena está há 50 horas sem luz e mencionou o caso de um comerciante que investiu em sorvetes e perdeu tudo devido à falta de energia. Ele indicou que, se necessário, a frente parlamentar voltará a Brasília para abordar o problema.
Em relação às mudanças climáticas e eventos extremos, o líder do governo, Luciano Diniz (Cidadania), afirmou que o prefeito Welberth Rezende (Cidadania) acionará o Procon e o Ministério Público buscando medidas drásticas contra a Enel. Ele destacou que as mudanças climáticas provocarão cada vez mais eventos extremos.
Além disso, houve críticas à Cedae pela falta de água causada pela queda da rede. Vereadores também expressaram descontentamento com o veto parcial do prefeito à lei de Iza para o luto parental, em apoio a mães que perdem bebês no parto. A vereadora argumentou que o veto foi frio e desumano, e a maioria da Câmara votou a favor do veto parcial.