Estados Unidos - Após o ataque a tiros que deixou 17 mortos e 14 feridos em um colégio na Flórida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou ontem e culpou a "pertubação mental" do criminoso, um jovem de 19 anos, pelo massacre. O chefe magnata da Casa Branca não mencionou qualquer intenção de restringir o controle de armas no país.
Nikolas Cruz, ex-aluno da escola, entrou no local com um fuzil AR-15, comprado legalmente. Ele foi preso duas horas após o massacre. "Estamos empenhados em trabalhar para proteger nossas escolas e enfrentar a difícil questão da saúde mental", afirmou Trump, em Washington.
Com o ocorrido, os Estados Unidos voltam a enfrentar o fato de serem o único país desenvolvido onde ocorrem assassinatos com armas de fogo nas escolas. Já é o 18º tiroteio em um centro educacional somente este ano.
No discurso para a nação, atônita, Trump também pediu unidade e invocou "o amor contra o ódio". No Twitter, o presidente, que foi eleito com o apoio da influente Associação Nacional do Rifle, um poderoso lobby pró-armas, exigiu saber como um "perturbado mental" conseguiu realizar um massacre.
"Tantos sinais de que o atirador da Flórida era um perturbado, inclusive expulso da escola por sua má e errática conduta", tuitou Trump. Também acrescentou que "os vizinhos e os colegas de classe sabiam que era um grande problema. Devem informar sobre esses casos às autoridades sempre, mais de uma vez!".
Como foi o massacre
Na quarta-feira, Nikolas Cruz chegou no horário do fim das aulas e disparou o alarme de incêndio para dar início ao ataque contra os estudantes que deixavam o prédio.
A estudante brasileira Melissa Camilo, de 15 anos, contou ao jornal 'Folha de S.Paulo' que correu em direção à parede e ficou em silêncio quando ouviu os tiros.
"A gente ficou bem quietinho para ele não saber que tinha gente na sala. Quando a gente saiu, era só sangue e corpo", afirmou.