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Abuja, Nigéria - Um tribunal da Nigéria liberou, ontem, 475 pessoas supostamente filiadas ao grupo radical islâmico Boko Haram por falta de provas, em meio à maior investigação legal do país sobre a insurgência islâmica. De acordo com o Ministério da Justiça, não foi possível estabelecer uma ligação entre os acusados e o grupo jihadista. Mais de 20 mil pessoas foram mortas e 2 milhões acabaram sendo forçadas a fugir de suas casas no nordeste da Nigéria desde que o Boko Haram iniciou uma insurgência em 2009, com o objetivo de criar um estado islâmico.

Em outubro do ano passado, 45 pessoas suspeitas de terem ligação com o Boko Haram foram condenadas e presas. Outros 468 suspeitos foram liberados e 28 suspeitos continuam detidos para julgamento em Abuja ou Minna.

Grupos humanitários criticaram o tratamento das autoridades nigerianas contra os detidos, por infringirem os direitos dos suspeitos. Algumas das pessoas, ouvidas na semana passada em um centro de detenção no centro da Nigéria, estão detidas sem julgamento desde 2010, de acordo com informações fornecidas pelo Ministério da Justiça do país.

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