Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, acordaram ontem em continuar com as sanções contra a Coreia do Norte até que se consigam avanços na desnuclearização da península coreana, informou a Casa Branca. É um pé atrás diante do anúncio, ontem de madrugada, do já histórico encontro entre Trump e o líder Kim Jong-un, previsto para maio, o que deve pôr um freio nas trocas de ameaças e nos testes de mísseis de Kim.
Trump e Xi mantiveram uma conversa por telefone e "se comprometeram a manter a pressão e as sanções até que a Coreia do Norte dê passos concretos rumo a uma desnuclearização completa, verificável e irreversível", informou a Presidência.
Segundo a Casa Branca, nesta conversa Trump manifestou a esperança de que "o líder norte-coreano Kim Jong Un possa escolher um caminho brilhante para o futuro da Coreia do Norte".
A China, aliada de Pyongyang, era um ator central na estratégia americana de pressionar o governo de Kim Jong-un a abandonar seu programa de armas nucleares e interromper seus testes com mísseis balísticos.
Depois do surpreendente anúncio da reunião entre Trump e Kim, o líder chinês expressou sua esperança de que as conversações aconteçam o quanto antes. "Espero que os Estados Unidos e a Coreia do Norte entrem em contato e dialoguem o quanto antes", declarou Xi, segundo a agência de notícias Xinhua.
A comunidade internacional expressou apoio à iniciativa de uma reunião de cúpula entre Trump e Kim, mas com uma cautela evidente com relação à possibilidade de resultados imediatos.