Donald Trump assistiu à posse de Jair Bolsonaro pela televisão - AFP
Donald Trump assistiu à posse de Jair Bolsonaro pela televisãoAFP
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira que fez "um grande trabalho nesta semana", ao se reunir com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e fechar um acordo com ele pelo fim das armas nucleares na Península Coreana. Questionado por repórteres sobre supostas concessões que fez a Kim, Trump diz que apenas aceitou o encontro e que a "química" entre ambos foi positiva. "Eu tenho uma boa relação com Kim Jong-un", afirmou.

Trump argumentou que haveria em breve um teste de mísseis na Coreia do Norte e, mais adiante, em cerca de oito meses, um teste nuclear, o que foi evitado. "Eles estão fazendo muito por nós", defendeu, em relação ao regime de Pyongyang. "Só posso falar que assinamos um acordo incrível", disse, complementando que a Coreia do Norte agora poderá se desenvolver, "mas não haverá armas nucleares".

O presidente americano ainda comentou que muitas pessoas pediam os restos mortais mantidos em território norte-coreano de parentes mortos em conflitos anteriores na região, como a Guerra da Coreia. Kim disse que pretende devolver esses restos, segundo o governo americano.

Trump comentou ainda outros temas, na entrevista improvisada aos repórteres. Ele enfatizou que não fez nada de errado, dizendo-se inocente das acusações de suposto conluio com a Rússia durante a última campanha eleitoral americana.

Ainda segundo o presidente americano, a Rússia deveria fazer parte do G-7. Na avaliação dele, é melhor ter o país do presidente Vladimir Putin junto no diálogo do que isolado. Outras nações do G-7, grupo das nações desenvolvidas, são contra a presença russa após a anexação da Crimeia.

Tarifas sobre a China

Brevemente, Trump disse que a China "deve estar um pouco irritada" hoje com as tarifas anunciadas mais cedo, mas ressaltou a boa relação que mantém com o presidente Xi Jinping. O presidente americano afirmou que precisou tomar a medida, para combater injustiças no comércio bilateral.

O presidente Donald Trump anunciou nesta sexta-feira a imposição de tarifas de 25% sobre a importações da China no valor de US$ 50 bilhões, o que deve desencadear uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Pequim prometeu retaliar com medida semelhante e Trump disse que imporá novas tarifas se isso ocorrer.

As barreiras americanas atingem principalmente produtos que contêm tecnologia e são uma resposta ao que a Casa Branca caracteriza como "roubo" de propriedade intelectual e tecnologia pela China. O principal alvo de Trump é a política Made in China 2025, pela qual o país asiático pretende dominar indústrias emergentes de alta tecnologia.

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