Raynéia: morte de estudante provocou reação do governo brasileiro - Reprodução/ Facebook
Raynéia: morte de estudante provocou reação do governo brasileiroReprodução/ Facebook
Por O Dia

Brasil - Após a divulgação do assassinato da estudante brasileira de medicina, Raynéia Gabrielle Lima, o Ministério das relações Exteriores convocou, nesta terça-feira, a embaixadora da Nicarágua no Brasil, Lorena Del Carmen Martinez, para prestar esclarecimentos sobre o assunto. Além disso, o embaixador brasileiro na Nicarágua, Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos, foi chamado de volta à Brasília. O teor da conversa com a embaixada não foi revelado pelo Itamaraty.

A vinda do diplomata brasileiro ao Brasil, determinada pelo ministro Aloyzio Nunes, demonstra uma forte insatisfação do governo brasileiro com os acontecimentos. A atitude pode significar o primeiro passo para medidas mais duras, quando as relações entre os dois países ficam abaladas. O governo brasileiro quer que as autoridades nicaraguenses identifiquem e punam os responsáveis pelo crime.

Raynéia Lima cursava o último ano de medicina e foi baleada quando seguia de carro para sua casa no sudoeste de Manágua, por volta da meia-noite de segunda-feira, disse à AFP o reitor da Universidade Americana (UAM), Ernesto Medina.

Os fatos ocorreram no complexo residencial de Lomas de Monserrat, onde segundo testemunhas paramilitares atiraram contra o carro da jovem.

Raynéia Lima foi levada por seu namorado ao hospital, mas faleceu durante a madrugada, segundo Medina.

Uma bala teria perfurado o fígado de Raynéia, que morreu quando era operada no Hospital Militar de Manágua, segundo o canal 100% Notícias.

O Itamaraty expressou sua "profunda indignação e condenação à trágica morte ontem, 23 de julho, da cidadã brasileira Raynéia Gabrielle Lima (...) atingida por disparos em circunstâncias sobre as quais está buscando esclarecimentos junto ao governo nicaraguense".

A chancelaria brasileira exigiu que se façam os esforços necessários para identificar e punir os responsáveis deste "ato criminoso", e voltou a "condenar o aprofundamento da repressão, o uso desproporcional e letal da força e o emprego de grupos paramilitares em operações coordenadas pelas equipes de segurança".

Com informações da AFP

 

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