Rio - Alia Ghanen descreve seu filho como amado. Ela diz que Osama bin Laden de alguma forma se perdeu em seu caminho. "Minha vida foi muito difícil porque ele estava muito longe de mim", diz ela. A entrevista foi dada ao jornal britânico The Guardian. “Ele era um garoto muito bom e me amava", disse à reportagem do jornal britânico The Guardian.
A família vive em uma mansão que compartilha em Jeddah, a cidade da Arábia Saudita que abriga o clã Bin Laden há gerações. Eles continuam sendo uma das famílias mais ricas do reino: seu império de construção dinástica construiu grande parte da Arábia Saudita moderna. A casa dos Bin Laden reflete sua fortuna e influência.
Alia Ghanem lembra de seu primogênito como um garoto tímido que era academicamente capaz. Ele se tornou uma figura forte e piedosa com cerca de 20 anos, diz ela, enquanto estudava economia na Universidade King Abdulaziz, em Jeddah, onde também se radicalizou.
"As pessoas na universidade mudaram ele", diz Ghanem. "Ele se tornou um homem diferente." Um dos homens que ele conheceu foi Abdullah Azzam, um membro da Irmandade Muçulmana que mais tarde foi exilado da Arábia Saudita e se tornou o conselheiro espiritual de Osama.
"Ele foi uma criança muito boa até conhecer algumas pessoas que praticamente fizeram lavagem cerebral quando tinha 20 e poucos anos. Eu sempre lhe dizia para ficar longe deles, mas ele nunca iria admitir para mim o que estava fazendo, porque me amava muito”.
"Ele era muito direito. Muito bom na escola. Ele realmente gostava de estudar". À reportagem do The Guardian, a mãe disse que nunca passou pela cabeça que ele fosse um jihadista. "Por que ele jogaria tudo fora assim?"
Os dois meio-irmãos de Osama, Ahmad e Hassan, disseram que a mãe é suspeita para falar do filho. "Já faz 17 anos [desde o 11 de setembro] e ela continua negando o caso de Osama", diz Ahmad. "Ela o amava muito e se recusa a culpá-lo. Em vez disso, ela culpa os que o rodeiam. Ela só conhece o lado do bom garoto, o lado que todos nós vimos. Ela nunca chegou a conhecer o lado jihadista.", diz
"Fiquei chocado, atordoado", diz ele sobre o atentado. “Foi uma sensação muito estranha. Nós sabíamos desde o começo [que era Osama], dentro das primeiras 48 horas. Todos nos sentimos envergonhados por ele. Sabíamos que todos nós iríamos enfrentar consequências terríveis. Nossa família no exterior voltou para a Arábia Saudita."
Os Bin Laden estavam espalhados pela Síria, Líbano, Egito e Europa. “Na Arábia Saudita, houve uma proibição de viagens. Eles tentaram o máximo que puderam manter o controle sobre a família ”. A família diz que todos foram questionados pelas autoridades e, por algum tempo, impedidos de deixar o país. Quase duas décadas depois, os Bin Ladens podem se mover relativamente livremente dentro e fora do reino.
