Presidente argentino Mauricio Macri e seu chanceler, Jorge Faurie, durante cúpula do Mercosul - MIGUEL ROJO / AFP
Presidente argentino Mauricio Macri e seu chanceler, Jorge Faurie, durante cúpula do MercosulMIGUEL ROJO / AFP
Por AFP

Montevidéu - O presidente argentino, Mauricio Macri, pediu nesta terça-feira que se busque soluções para a crise humanitária na Venezuela, defendendo a "restituição da democracia" nesse país, durante a cúpula do Mercosul em Montevidéu.

Na América Latina - acrescentou Macri -, está em curso uma "crise humanitária que requer esforços imediatos" para "resguardar os direitos de milhões de venezuelanos", vítimas de uma "dura repressão de seu próprio governo".

A Argentina assumirá a presidência rotativa do bloco, do qual a Venezuela está suspensa desde 2017.

Na presença do presidente boliviano, Evo Morales, próximo do governo chavista e cujo país é um membro associado ao Mercosul, Macri denunciou o governo Nicolás Maduro como "uma ditadura que levou adiante um processo eleitoral fraudulento". Pediu a ação dos demais sócios no Mercosul - Brasil, Uruguai e Paraguai.

É necessário "trabalhar incansavelmente para a libertação dos presos políticos, pelo respeito aos direitos humanos e pela restituição da democracia na Venezuela", frisou Macri.

O Mercosul suspendeu a Venezuela, que havia ingressado como membro pleno no Mercosul em 2012, depois de o Paraguai ser suspenso do bloco. O ingresso de Caracas foi polêmico e decidido em uma cúpula entre a então presidente argentina, Cristina Kirchner, sua colega Dilma Rousseff e o uruguaio José Mujica, sem representação do Paraguai, membro fundador do Mercosul.

Inimigo das sanções à Venezuela em todos os âmbitos multilaterais, o Uruguai depois defendeu sua permanência no Mercosul. Acabou cedendo, porém, à pressão de Brasil e Argentina, e Caracas ficou fora do bloco.

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