Japão - O presidente da Renault, Carlos Ghosn, declarou, nesta terça-feira, que agiu com "a aprovação dos diretores da Nissan", em seu primeiro depoimento em um tribunal desde que foi detido, em novembro passado, por suposta irregularidades financeiras. Nas declarações ao tribunal em Tóquio, Ghosn afirmou ter "agido com honra, legalmente e com o conhecimento e a aprovação dos diretores da companhia".
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O presidente da Renault e ex-chefe da Nissan, de 64 anos, recordou que "dedicou duas décadas de sua vida para reerguer" a montadora japonesa e disse que foi "acusado falsamente e detido de maneira injusta".
Ghosn, preso em Tóquio, seguirá na prisão devido ao risco de fuga, decidiu o juiz ao qual prestou depoimento nesta terça.
O juiz também mencionou o risco de Ghosn interferir para alterar provas em sua justificativa para manter o executivo na prisão.
Acusações
O empresário franco-brasileiro-libanês foi acusado, no dia 10 de dezembro, de sonegar 5 bilhões de ienes (44 milhões de dólares) em rendas entre 2010 e 2015.
Ghosn também é suspeito de sonegação de renda entre 2015 e 2018, de abuso de confiança, e de desviar dinheiro de uma conta da Nissan para um amigo saudita.