Líder opositor Juan Guaidó, acompanhado dos presidentes Mario Abdo Benitez, do Paraguai, Ivan Duque, da Colômbia, e Sebastián Piñera, do Chile - RAUL ARBOLEDA / AFP
Líder opositor Juan Guaidó, acompanhado dos presidentes Mario Abdo Benitez, do Paraguai, Ivan Duque, da Colômbia, e Sebastián Piñera, do ChileRAUL ARBOLEDA / AFP
Por O Dia

Caracas - O líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, denunciou a prisão do seu chefe de gabinete, Roberto Marrero, por agentes da inteligência na madrugada desta quinta-feira, por meio do Twitter. 

"Sequestraram @ROBERTOMARRERO, chefe de meu gabinete. Ele disse em voz alta que eles plantaram (em sua casa) dois fuzis e uma granada", escreveu Guaidó no Twitter, ao mesmo tempo que exigiu a libertação "imediata" do político.

Segundo o autoproclamado presidente interino da Venezuela, agentes do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) invadiram a casa de chefe de seu gabinete e do deputado opositor Sergio Vergara, vizinho de Marrero, durante a madrugada.

Vergara confirmou a informação e disse que Marrero foi preso pelo serviço de inteligência do país. Os agentes estavam munidos de dois rifles e uma granada durante a ação e chegaram às residências em dez veículos. Ele também afirmou que mais de 40 funcionários do Sebin entraram nas casas e ficaram no local por mais de três horas. Segundo os opositores, os policiais derrubaram portas para entrar nas casas.

"Infelizmente chegaram a mim. Sigam lutando. Não parem. Cuidem do presidente", disse Marrero em uma gravação telefônica antes de ser detido. Vergara denunciou ante a comunidade internacional que o regime chavista violou sua imunidade parlamentar.

Vergara pediu a Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, que exija a libertação de Marrero, "sequestrado pelo Sebin", segundo ele.

Em nome do governo da Colômbia, o chanceler Carlos Holmes Trujillo criticou a ação contra os opositores e pediu à comunidade internacional que exija respeito à liberdade, à vida e à integridade dos opositores venezuelanos.

Marrero e Vergara acompanharam Guaidó na viagem que o líder opositor fez pela América Latina para obter apoio em seus esforços para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder.

*Com AFP e Estadão Conteúdo

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