A rede, financiada em parte pelo Estado russo, anunciou em seu site que Maria Butina “se juntou à equipe de RT, tornando-se apresentadora de um programa que comenta notícias da atualidade russa".
Um vídeo de apresentação do programa a mostra no estúdio, vestindo uma camiseta preta com o logotipo da RT e com os dizeres “Foreign agent” (“agente estrangeiro”).
A jovem, presa por quase 18 meses nos EUA e que retornou a Moscou em outubro, já havia aparecido na rede pró-Kremlin em 11 de dezembro, comentando as manifestações da oposição no verão (europeu) passado na Rússia.
Butina, detida em julho de 2018, é a única cidadã russa que foi condenada por interferência na política interna americana, embora seu papel pareça ter sido limitado.
Ele havia estabelecido vínculos com a National Rifle Association (NRA), um grupo poderoso do lobby de armas de fogo nos Estados Unidos e muito próximo ao Partido Republicano. Para fazer isso, usou sua própria organização russa para a defesa do porte de armas.
Seus contatos com a NRA permitiram que se aproximasse de Donald Trump durante a campanha presidencial de 2016.
Butina foi acusada de “conspiração para “promover os interesses da Rússia”, mas sua sentença refere-se apenas à falta de registro como agente estrangeiro, uma exigência da legislação americana.
Butina foi acusada de atos conspiratórios como agente da Rússia "por desenvolver relações com pessoas americanas e se infiltrar em organizações com influência na política americana", afirma o comunicado.
O texto explica que Butina descumpriu a lei americana por não esclarecer que ela trabalhava para o governo russo.
O Departamento de Justiça disse que Butina tinha laços próximos com um "oficial russo" não identificado.