"A fuga aconteceu na madrugada de domingo por um túnel construído pelos presos", informou a delegada Elena Andrada, porta-voz da Polícia.
"Nossos melhores homens foram para a fronteira para tentar recapturar os detentos", acrescentou.
Cinco caminhonetes usadas na fuga foram encontradas incendiadas em Ponta Porã, que fica no lado brasileiro da fronteira, separada de Pedro Juan Caballero por uma avenida fronteiriça, relatou a porta-voz.
Entre os reclusos foragidos estão criminosos que participaram de um massacre entre quadrilhas rivais na prisão de San Pedro (400 km ao norte), em 16 de junho do ano passado, no qual foram decapitados dez detentos, acrescentou a funcionária.
"Fizeram um túnel como vemos nos filmes, com iluminação interna, que começou em um dos banheiros das celas", detalhou a delegada. "São apenas 25 metros entre o túnel e a guarita (do guarda) mais próxima. Apenas uma pessoa não conseguiu escapar", completou.
Centenas de sacos de areia foram localizadas pelas forças de ordem na primeira revista do local. O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, não aceitou a renúncia apresentada pela ministra Pérez depois do ocorrido.
"Sua saída seria uma grande perda para o governo", explicou o porta-voz presidencial Daniel Centurión.
O Brasil reforçou a segurança na fronteira para colaborar com a recaptura dos fugitivos, informou o secretário de Justiça e Segurança Pública do estado do Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira, em declarações a jornalistas.
Videira disse que o Departamento de Operações Fronteiriças (DOF), a Polícia Militar de Rodovias (PRE) e outras forças de segurança, assim como um helicóptero se mobilizaram para tentar a recaptura, reportou em sua edição digital o jornal ABC de Assunção.
Enquanto isso, o ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, disse que o pessoal da Força de Operações Especiais da Polícia, com apoio de helicópteros e tropas por via terrestre, faz rastreamento na zona fronteiriça com o Brasil.