Nenhum dos três policiais que abriram fogo durante a operação que levou à morte da jovem de 26 anos foi acusado de homicídio. O agente Brett Hankison foi acusado de colocar em risco a vida dos vizinhos de Taylor, quando seus tiros atingiram o apartamento ao lado da vítima.
Aos outros dois policiais, a justiça não impôs nenhuma acusação, pois um júri considerou que eles haviam atuado em legítima defesa. Hankison, que foi demitido da polícia em junho, está livre e deu depoimento por telefone em uma breve audiência nesta segunda-feira (28).
Seu advogado, Stewart Matthews, solicitou que o policial pudesse ficar com as armas que possui "para se defender", devido às "ameaças que tem recebido nas redes sociais", pedido que foi rejeitado pelo juiz.
A decisão judicial sobre a morte de Taylor gerou protestos em Louisville e no resto dos Estados Unidos, pois os manifestantes consideraram o tratamento dos três agentes muito benevolente. A próxima audiência do caso será no dia 28 de outubro. Hankison pode ser condenado a até 15 anos de prisão.
Taylor morreu na noite de 13 de março, depois que os três policiais chegaram à sua casa com um mandado de busca e apreensão especial que os permitiu entrar sem aviso. Ao chegar, o namorado da vítima abriu fogo contra os policiais, que dispararam de volta. Vários tiros atingiram Taylor.
O namorado de Taylor alegou ter confundido os policiais com ladrões, mas os policiais afirmaram ter anunciado sua presença antes de entrar, versão confirmada por uma testemunha, segundo a procuradoria.