US President Donald Trump leaves after placing a wreath at the Tomb of the Unknown Soldier on Veterans Day at Arlington National Cemetery in Arlington, Virginia, on November 11, 2020. - US President Donald Trump made his first official post-election appearance Wednesday for what should be a moment of national unity to mark Veteran's Day, now marred by his refusal to acknowledge Joe Biden's win. The president visited Arlington National Cemetery, four days after US media projected his Democratic rival would take the White House. (Photo by Brendan Smialowski / AFP) - AFP
US President Donald Trump leaves after placing a wreath at the Tomb of the Unknown Soldier on Veterans Day at Arlington National Cemetery in Arlington, Virginia, on November 11, 2020. - US President Donald Trump made his first official post-election appearance Wednesday for what should be a moment of national unity to mark Veteran's Day, now marred by his refusal to acknowledge Joe Biden's win. The president visited Arlington National Cemetery, four days after US media projected his Democratic rival would take the White House. (Photo by Brendan Smialowski / AFP)AFP
Por AFP
Richmond - O presidente americano, Donald Trump, fez sua primeira aparição oficial pós-eleitoral nesta quarta-feira (11), no feriado do Dia dos Veteranos. Acompanhado da primeira-dama, Melania, ele prestou homenagem ao soldado desconhecido, no Cemitério Nacional de Arlington, na Virgínia.
A aparição pública de Trump acontece quatro dias depois de a mídia americana ter declarado, com base em projeções de resultados oficiais, que seu rival democrata será o próximo inquilino da Casa Branca.

Desde então, Trump falou à nação apenas por meio do Twitter e não aceitou sua derrota para Biden, como ocorre tradicionalmente nos Estados Unidos quando se projeta um vencedor em uma eleição.

E, em meio a números recordes de casos da covid-19 em todo país, e com os estados impondo novas restrições para prevenir a propagação do vírus antes do inverno, Trump parece ter deixado de lado as funções presidenciais usuais.

Em vez disso, o republicano permaneceu trancado na mansão presidencial, argumentando que será o vencedor e abrindo processos que têm como principal alegação eventos de fraude eleitoral. A justificativa usada por Trump permanece frágil.

No início da quarta-feira, ele tuitou novas alegações não comprovadas sobre vitórias e fraudes eleitorais, apesar do consenso de observadores internacionais, de líderes mundiais, das autoridades eleitorais locais e da mídia americana de que o processo eleitoral de 3 de novembro ocorreu de forma transparente, e que não há alegações críveis de fraude.

Trump disse que uma pesquisa "possivelmente ilegal" pouco antes do dia da eleição o mostrava 17 pontos atrás de Biden em Wisconsin, quando, segundo ele, a corrida estava empatada e, agora, ele estava no caminho da vitória.

"Muitos desses casos 'deploráveis'!", ressaltou no Twitter.

Biden foi declarado o vencedor em Wisconsin.

Alguns republicanos estão aderindo aos apelos crescentes para que o presidente assuma sua derrota. Especialistas alertam que sua recusa prejudica o processo democrático e atrasa a transição para um governo Biden, cuja posse está marcada para 20 de janeiro de 2021.

Entre eles, está o secretário de Estado republicano de Montana, Corey Stapleton, que destacou as "coisas incríveis" que Trump realizou durante seu governo.

"Mas esse tempo acabou. Tire o chapéu, morda o lábio e parabenize @JoeBiden", tuitou.

Ainda assim, algumas das figuras mais poderosas do Partido Republicano, incluindo o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o líder do Senado, Mitch McConnell, parecem estar apoiando Trump em sua tentativa de minar a vitória de Biden.

"Haverá uma transição suave para um segundo governo Trump", disse Pompeo na terça-feira durante uma entrevista coletiva por alguns momentos tensa.

Já McConnell declarou que o presidente está "100% dentro de seus direitos" de contestar a eleição na Justiça.