Segundo informações do jornal argentino Clarín, a investigação sobre os vermes durou 16 anos e foi publicada no jornal científico Doklady Biological Sciences ainda em 2018, mas apenas agora ganhou fama mundial ao viralizar nas redes sociais.
Ao escavar cerca de 300 blocos de gelo de uma camada de pergelissolo, que fica em constante estado de congelamento por conta das baixas temperaturas, os pesquisadores encontraram milhares de vermes, de diversos tipos e tamanhos, e resolveram coletar alguns que pudessem ser investigados em laboratório.
Após semanas acompanhando o desenvolvimento dos animais dentro dos blocos de gelo, os cientistas notaram modificações e perceberam que dois espécimes estavam se movendo e começavam a mostrar sinais de vida, movimentando-se em busca do alimento oferecido por eles.
Neste momento, os pesquisadores começaram a realizar experimentos para identificar a idade dos vermes e conseguiram confirmar que um era do gênero Plectus e tem 32 mil, enquanto o outro soma 41,7 mil anos e é do gênero Panagrolaimus detritophagus. Ambos foram encontrados em rios da região de Yakutia, uma das zonas mais frias da Rússia.
Apesar de inusitada, a descoberta dos vermes não marca um novo recorde de animal mais antigo a ser descongelado e ressuscitado. Tal façanha ainda pertence a pesquisadores dos EUA que encontraram um conjunto de bactérias do gênero Bacillus em cristais de sal formados há 250 milhões de anos.