Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden AFP

Por AFP
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (8) que a missão militar dos Estados Unidos no Afeganistão terminará em 31 de agosto, quase 20 anos após seu início.
Os militares dos EUA "alcançaram" seus objetivos no país de degradar a Al-Qaeda e evitar mais ataques aos Estados Unidos, disse Biden em um discurso.
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"Estamos encerrando a guerra mais longa da América", acrescentou."Não vou enviar outra geração de americanos para a guerra no Afeganistão."
Ele disse que os Estados Unidos "não foram ao Afeganistão para construir uma nação".
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"É direito e responsabilidade apenas do povo afegão decidir seu futuro."
Biden prometeu continuar apoiando o governo afegão e as forças de segurança e que milhares de tradutores afegãos que trabalharam para as forças dos EUA e enfrentam ameaças dos insurgentes do Talibã poderiam encontrar refúgio nos Estados Unidos.
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"Há uma casa para você nos Estados Unidos, se for sua escolha", disse ele. "Estaremos com você, assim como você esteve conosco."
Biden afirmou estar confiante de que as Forças Armadas afegãs poderão enfrentar o Talibã, que fez grandes avanços em todo o país desde o início do ano.
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"Não confio no Talibã", disse Biden, "mas confio na capacidade dos militares afegãos".
Questionado se uma tomada pelo Talibã seria "inevitável", o presidente declarou: "não, não é".
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Ele rejeitou categoricamente as comparações com a experiência dos EUA no Vietnã."O Talibã não é o exército norte-vietnamita", disse Biden.
"Eles não são nem de longe comparáveis em termos de capacidade. Não haverá nenhuma circunstância em que você verá pessoas sendo resgatadas do telhado de uma embaixada dos Estados Unidos no Afeganistão", afirmou ele."Não é nada comparável."
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Cerca de 18.000 intérpretes, motoristas e contratados afegãos aguardam para tentar se estabelecer nos Estados Unidos. O processamento de tais solicitações normalmente leva anos.
As forças do Talibã e do Afeganistão lutaram nesta quinta-feira pelo segundo dia consecutivo na cidade de Qala-i-Naw, a primeira capital provincial do Afeganistão a ser atacada por insurgentes desde o início da retirada das tropas americanas.