"As infecções se propagam a um ritmo que nunca vimos antes", afirmou nesta quinta-feira, 5, o primeiro-ministro Yoshihide Suga, após uma reunião de seu governo sobre a crise sanitáriaFoto: Kazuhiro Nogi/AFP
"As infecções se propagam a um ritmo que nunca vimos antes", afirmou nesta quinta-feira, 5, o primeiro-ministro Yoshihide Suga, após uma reunião de seu governo sobre a crise sanitária.
"Com o rápido aumento dos casos, o número de pacientes em condições graves (que estava contido até o momento) está aumentando", alertou Suga.
Até o momento, o Japão registrou cerca de 15 mil mortes desde o surgimento do coronavírus em seu território (em relação a uma população nacional de 126 milhões de habitantes) e não aplicou confinamentos rígidos. Além disso, a vacinação anticovid-19 no país começou lentamente e atualmente menos de um terço dos japoneses está totalmente imunizado.
Seis departamentos, entre eles os de Tóquio e Osaka (oeste), estão atualmente sob estado de emergência até 31 de agosto, um dispositivo que permite ao governo pedir a bares e restaurantes que fechem mais cedo e que não sirvam álcool, medidas que nem sempre são cumpridas. Outros departamentos do arquipélago aplicam um "estado quase de emergência" e o governo decidiu, nesta quinta-feira, incluir outros oito setores neste dispositivo.
Até o momento, os organizadores registraram 353 casos de covid-19 entre as dezenas de milhares de pessoas envolvidas nos Jogos Olímpicos (atletas, profissionais, voluntários, oficiais e jornalistas) desde 1º de julho.
Apesar dos temores da opinião pública japonesa, os organizadores dos Jogos Olímpicos afirmam que o evento não contribuiu para agravar a situação sanitária no país.
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