Conflitos no Afeganistão com a ida dos talibãs para a capital do paísAFP

Os Estados Unidos acusaram formalmente o Talibã de manter postos de controle ao redor do aeroporto internacional de Cabul e impedir a saída de afegãos que querem deixar o Afeganistão. O governo dos EUA pediu para que o grupo extremista liberasse as pessoas.
"Esperamos que permitam que todos os cidadãos americanos, todos os cidadãos de outros países e todos os afegãos que desejam partir o façam de forma segura e sem assédio", disse a subsecretária de Estado, Wendy Sherman.
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O presidente Joe Biden disse que os Estados Unidos estão trabalhando para acelerar a evacuação, mas não informaram quanto tempo ela vai durar nem quantas pessoas serão atendidas.
Um membro do Talibã afirmou, entretanto, à Reuters, que o grupo está "cumprindo sua palavra" e "facilitando a passagem de saída segura não apenas para estrangeiros, mas também para afegãos".
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Até agora, 12 pessoas já morreram no aeroporto internacional Hamid Karzai, em Cabul, desde o último domingo, 15. As mortes foram causadas por tiros e tumultos.
O talibã pediu as pessoas que ainda estão amontoadas em frente ao aeroporto a voltar para casa caso não tenham o direito legal de viajar. "Não queremos machucar ninguém", informou o grupo terrorista.

Situação no país 

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Milhares de pessoas estão tentando fugir do Afeganistão desde que o grupo Talibã tomou a capital Cabul e voltou ao poder após 20 anos, com uma ofensiva rápida, logo após os Estados Unidos anunciarem a retirada de suas tropas militares do país.
Todos os voos foram suspensos em meio à tomada de poder, e as tropas americanas assumiram o controle do aeroporto e passaram a organizar os voos militares de evacuação de diplomatas e civis. A aviação comercial segue suspensa no país.