Vacina da Moderna AFP

Japão - Duas regiões japonesas suspenderam neste neste domingo (29) o uso da vacina contra a covid-19 do laboratório Moderna após a detecção de novos lotes contaminados do fármaco.
A decisão foi anunciada um dia depois de o ministério da Saúde do Japão revelar que investiga as mortes de dois homens que foram vacinados com o imunizante da Moderna procedente do lote de 1,63 milhão de doses que continham impurezas em alguns frascos.
A prefeitura de Okinawa, sul do Japão, decidiu neste domingo "suspender o uso das vacinas da Moderna porque foram detectadas substâncias estranha em alguns lotes", afirma um comunicado.
A prefeitura de Gunma, norte do país, também anunciou a suspensão do uso dos lotes contaminados, mas informou à AFP que continua utilizado as vacinas da Moderna de lotes em bom estado.
Os lotes afetados pelas impurezas, detectados no sábado em Okinawa, são diferentes dos que já haviam sido suspensos, de acordo com a imprensa local.
No sábado, o ministério a Saúde informou o falecimento, no início de agosto, de dois homens, de 30 e 38 anos, que receberam a segunda dose da vacina da Moderna procedente de um dos três lotes bloqueados em 26 de agosto pelo governo.
Uma investigação foi aberta para determinar a causa das mortes, mas as autoridades destacaram que até o momento não se sabe se existe uma relação causal com a vacina.
"No momento, não temos nenhuma evidência de que essas mortes foram causadas pela vacina da Moderna, e é importante conduzir uma investigação formal para determinar se há alguma relação", afirmaram no sábado em um comunicado conjunto a farmacêutica Moderna e o laboratório japonês Takeda, que importa e distribui a vacina no país.
A natureza das partículas encontradas nos frascos, que foram fabricados na Europa pela empresa espanhola ROVI, terceirizada pela Moderna, ainda não foi revelada.
O ministério espanhol da Saúde afirmou na quinta-feira que os únicos lotes desta vacina produzidos na Espanha que continham impurezas são os que Japão retirou das clínicas de imunização.
"Tanto as autoridades japonesas como as espanholas estão avaliando o risco da presença das partículas e, com base nas análises, tomarão as medidas necessárias", afirmou o ministério.
As autoridades de saúde espanholas afirmaram ainda que a empresa ROVI "está trabalhando na investigação das causas dos problemas de qualidade", com a supervisão da Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários (AEMPS).