O serial killer Roberto Wagner Fernandes Divulgação

O brasileiro Roberto Wagner Fernandes foi identificado como responsável pelo assassinato de três mulheres, no estado da Flórida, nos Estados Unidos (EUA), há cerca de 20 anos. De acordo com informações divulgadas pela polícia americana nesta terça-feira, 31, o serial killer morreu em um acidente de avião no Paraguai em 2005.
Roberto foi absolvido do assassinato de sua esposa pela justiça brasileira em 1996 antes de se mudar para Miami, na Flórida, onde trabalhou como comissário de bordo e motorista de ônibus de turismo, no final dos anos 90.
De acordo com a CBS, os restos mortais de Roberto foram exumados entre o fim de 2020 e o começo deste ano em uma ação conjunta entre a polícia americana, a Polícia Federal brasileira, o FBI e o Departamento de Justiça dos EUA. A exumação permitiu que as autoridades americanas pudessem vincular o seu DNA às amostras encontradas no corpo das vítimas de forma conclusiva.
Os responsáveis pelas investigações não descartam o envolvimento do serial killer em outros homicídios que aconteceram na época e na região em que ele morava nos Estados Unidos.
A primeira vítima do assassino nos EUA foi Kimberly Dietz-Livesey, de 35 anos. Seu corpo foi encontrado dentro de uma mala em Cooper City, em junho de 2000. Dois meses depois, a segunda vítima, Sia Demas, de 21 anos, teve o corpo encontrado dentro de uma mochila à beira de uma estrada em Dania Beach. Ambas foram espancadas até a morte por Roberto. A terceira vítima foi Jessica Good, de 24 anos, que teve seu corpo encontrado boiando na Baía de Biscayne, em agosto de 2001, após ter sido esfaqueada.
Após ter se tornado suspeito no caso, o serial killer fugiu de volta para o Brasil, já que não tem tratado de expedição com os EUA. Apenas 10 anos após o último crime que as buscas por Roberto foram retomadas. Na ocasião, os investigadores conseguiram provas de que o DNA e as impressões digitais encontrados no corpo da jovem esfaqueada estavam relacionados aos das mortes de Dietz-Livesey e Demas.
Apesar dos assassinatos terem completado 20 anos, as autoridades esperam que a resolução dos casos possa trazer um desfecho para amigos e familiares das vítimas.