Relatório aponta ligação entre redes criminosas e desmatamentoArquivo/Agência Brasil
“O Brasil deve buscar o protagonismo nas negociações de clima”, declararam as empresas em carta aberta publicada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que reúne companhias que representam 47% do PIB do país.
“O Brasil deve manter a sua centralidade nesse diálogo, sob pena do enorme prejuízo ao setor produtivo e à sociedade brasileira”, destaca o texto, apoiado por grandes bancos como o Bradesco; o maior exportador de carnes, a JBS; e filiais no Brasil de multinacionais como Amazon, Shell e Carrefour.
O governo de Bolsonaro é muito criticado por sua política ambiental, principalmente pelo aumento do desmatamento desde que assumiu o poder em 2019 e por ter enfraquecido os órgãos de controle ambiental.
As empresas exigem a “adoção de mecanismos de financiamento para a promoção da transição climática e o combate integral e inequívoco ao desmatamento ilegal da Floresta Amazônica e de outros biomas brasileiros”.
O país “tem vantagens comparativas extraordinárias na corrida para alcançarmos uma economia de emissões líquidas de carbono neutras, valendo-nos dos nossos múltiplos recursos naturais e da capacidade de nosso povo”, acrescenta o texto. O movimento mundial em direção a uma economia de mais respeito ao meio ambiente representa "uma oportunidade única" para o Brasil.
As empresas signatárias defendem que sejam adotadas "práticas de transparência" no Brasil para assegurar "a qualidade ambiental e integridade dos créditos de carbono a serem comercializados".
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