Após 20 anos, o Talibã voltou ao poder no Afeganistão no último dia 15 de agostoAFP
Talibã promete retorno das mulheres às escolas no Afeganistão
Para isso, no entanto, membros do governo afirmam que precisam de ajuda externa para financiar o processo
Os membros do governo Talibã afirma que, em breve, as mulheres voltarão às escolas no Afeganistão. Em entrevista à Reuters, Waheedullah Hashimi, Diretor de Programas Externos do Ministério da Educação, afirmou que o país precisa de ajuda da comunidade internacional para a viabilidade do processos, já que a maior parte da ajuda externa enviada foi paralisada após a tomada do país.
Desde que assumiu o país, em agosto, o Talibã enfrenta a questão dos direitos das mulheres. Organizações de todo mundo pedem provas de que elas estão sendo respeitadas, antes de que o governo seja reconhecido globalmente.
Os meninos puderam voltar às salas de aula em setembro, mas a orientação para as mulheres era de que esperassem e permanecessem em casa. "Teremos um bom anúncio para todo o país, para toda a nação", disse Hashimi.
No primeiro governo do Talibã, entre 1993 e 2001, as mulheres eram proibidas de frequentar escolas e trabalhar no Afeganistão. Hashimi garantiu, porém, que o grupo está trabalhando para que elas possam voltar a estudar e que nenhuma professora foi demitida.
"É uma mensagem positiva para o mundo de que estamos trabalhando em um mecanismo. Não estamos trabalhando para excluí-las de nossas escolas e universidades", disse.
Ele reiterou que, para isso, o país precisa de ajuda internacional. "Se eles realmente querem ver as meninas nas escolas, devem nos ajudar agora". O sistema de ensino prometido pelo Talibã deverá ser baseado no que os líderes acadêmicos do grupo aprovam.
"Queremos educar, e iremos educar, nossas mulheres e homens - meninos e meninas".
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