Frente Parlamentar Contra a Fome pede reaberturas de unidades do Restaurante Popular na cidade do RioReprodução

Cerca de 200 crianças morreram de fome na região do Tigré, no norte da Etiópia, afetada há um ano pela guerra e onde a desnutrição se agrava, segundo estudo realizado por médicos e pesquisadores.
Os dados desta investigação oferecem uma perspectiva sobre a situação da fome no Tigré, onde as comunicações foram cortadas e, segundo a ONU, um bloqueio à ajuda humanitária provoca escassez de alimentos e medicamentos.
Mas esse balanço provavelmente não é definitivo, já que a maioria dos hospitais não funciona e não é possível chegar à metade dos distritos do Tigré, disse em entrevista à AFP Hagos Godefay, que antes da guerra dirigia os serviços de saúde da região.
A maior parte do Tigré está atualmente sob o controle da Frente da Libertação Popular do Tigré (TPLF), o partido que governava a região antes do conflito e agora é considerado "terrorista" pelo governo etíope. “Registramos mais de 186 mortes” de crianças menores de cinco anos, por desnutrição grave, disse Hagos, que também é médico.
O estudo, realizado em 14 hospitais com famílias da região por médicos e pesquisadores da Universidade de Mekele, também destaca que cerca de 29% das crianças sofrem de desnutrição aguda. Antes da guerra eram 9%, acrescentou.
O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, enviou o Exército ao Tigré em novembro de 2020 para destituir a TPLF, acusando-a de atacar campos militares.